Este artigo retrata pesquisa sobre o estudo da conjunção ‘mas’, considerando-se a proposta de Ducrot (1984) referente às orientações argumentativas operadas pelo mas. Empreende-se uma tentativa de conjugar a proposta desse autor às condições de produção de um texto oral-dialogado, nas quais os falantes empreendem esforços para garantirem a auto-imagem. Essa condição propicia usos dos ‘mas’ que extrapolam o universo da significação da frase, já que promove atos do tipo asserções, constatações, perguntas, dúvidas, os quais estão sob constante vigilância por parte dos interactantes. Sendo assim, tenta-se conciliar a possibilidade de se considerar tanto marcas inscritas na própria língua quanto traços de condução discursiva, no caso do texto oral-dialogado.
Palavras-chave: conversação; preservação da face; mas.