A essência da vida dos deficientes auditivos passa por um emaranhado de situações em seus paradigmas sociais e educacionais historicamente constituídos, cujos fatores são evidenciados através de teorias e práticas sociais. Dentro do sistema configuracional da sociedade a dificuldade para o acesso ao saber tem se apresentado como um problema insolúvel para os sujeitos surdos. Poucos deficientes auditivos participavam dos espaços sociais educativos nos quais se criavam e transmitiam conhecimentos. Considerados como doentes e incapazes, eles sempre estiveram em situação de desvantagem, ocupando no imaginário coletivo a posição de alvo de caridade e de assistência social, e não de cidadãos com direitos e deveres. Ao assim constatar, objetiva-se com este trabalho analisar as relações, no que diz respeito às questões sociais educacionais, que ocultam a hegemonia de uma classe social sobre a outra no tocante ao sistema educacional voltado para atender os deficientes auditivos.