O presente artigo aborda a mudança de paradigma na moralidade ocidental a partir da concepção genealógica de Nietzsche, buscando caracterizar o momento histórico da suplantação dos valores considerados vulgares dos escravos sobre os valores considerados elevados dos aristocratas de acordo com o viés historiográfico. Para isso, utiliza o material teórico especializado, tendo como foco principal a obra nietzscheana encabeçada pela “A Genealogia da Moral”, em que este filósofo se debruça sobre o abismo existente entre os ideais romanos e os ideais cristãos. O artigo também tenta explicar os motivos subjacentes ao triunfo desses ideais cristãos na Civilização Ocidental.