Este artigo analisa as transformações sociais e legais provocadas pelo filme egípcio Urido Hallen (Preciso de uma solução), do diretor Said Marzouk (1975). Apresenta-se uma leitura do filme, examinando-se a relação entre sociedade islâmica, história e cinema, uma vez que a produção em análise coloca em debate as leis corânicas que regem o Egito. O filme não só colocou em evidência as relações legais com as religiosas, bem como, trinta anos depois, produzia efeito, ao abrir espaço para uma produção de um seriado feito por mulheres sobre uma mulher, a cantora egípcia Um Kulthum, num Egito que se vê mais do que nunca influenciado pelos fundamentalistas.
Palavras-chave: Cinema. História. Cultura. Comunicação. Islamismo.