O artigo discute o alcance e as limitações de açguns marcos definidores do conceito de família, tanto no que se refere à perspectiva teórica, quanto no que diz respeito às possibilidades de apreender empiricamente esse grupo social. Mostra que nos estudos atuais de famílias, de um lado situa-se o recorte mais simbólico da Antropologia, que aprofunda a análise da dinâmica do relacionamento familiar, porém limita-se a segmentos pontuais da sociedade, enquanto de outro encontram-se as pesquisas domiciliares da Sociologia ou da Demografia, capazes de traçar retratos familiares generalizáveis, porém estáticos e limitados ao grupo coincidente com a unidade doméstica. Como exemplo de metodologia possível, descreve os procedimentos adotados e apresenta alguns resultados de pesquisa anterior, na qual a autora fundiu algumas das abordagens comentadas, procurando superar essas limitações.