A região de Diamantina, em Minas Gerais, guarda um amplo acervo de grafismos rupestres e ricos conjuntos artefatuais e estruturas atribuíveis aos últimos 1.500 anos de ocupação humana. Esta pesquisa investiga os dois conjuntos de registros arqueológicos: o horizonte recente e as pinturas rupestres. Numa análise que procura congregar estudos intra e intersítios, os dois conjuntos são explorados, em busca de identificar sistemas de ocupação e construção da paisagem. Nas ocupações recentes, vêem-se coleções líticas bastante variadas, em sítios de atributos diferentes, que se pretende conectar por meio do emprego das noções de organização tecnológica e cadeia operatória. No que tange aos grafismos rupestres, esta pesquisa investe na identificação de estilos e no reconhecimento das relações cronológicas entre esses. São analisadas também as formas de interação diacrônica entre figuras e as formas de sua composição gráfica.
Palavras-chave: Tecnologia lítica. Organização tecnológica. Arte rupestre. Holoceno recente. Crono-estilística.