Esta investigação baseia-se na obra de Martin Heidegger. Tem o propósito de ver entender como este pensador elabora seu próprio conceito de tempo a partir de uma interpretação peculiar da presença humana (menschliche Dasein), tendo em vista, também, a elaboração de uma ontologia fundamental. A tematização heideggeriana revela que o tempo não é nem objetivo, nem subjetivo. Sua tematização do tempo é uma tematização ontológica, razão pela qual está relacionada com a questão pelo sentido do ser. Tendo a hermenêutica fenomenológica como método de investigação, Heidegger mostra que o tempo “cada vez e sempre já” “se dá” enquanto modos próprios ou impróprios de temporalização. Na elaboração do conceito de tempo é preciso ver e entender “como” ele fundamenta e descreve a temporalidade originária, a ocupação cotidiana do tempo e a origem do conceito vulgar de tempo. A interpretação vulgar do tempo encobre a constituição ekstática e horizontal da temporalidade originária e, desse modo, tende a permanecer nivelada por esse encobrimento.
Palavras-chave: Fenomenologia. Ontologia fundamental. Presença humana (menschliche Dasein). Existência. Analítica existencial. Ser-no-mundo. Cura. Analítica temporal. Temporalidade. Temporalização. Cotidianidade. Historicidade. Intratemporalidade. Tempo ocupado. Tempo do mundo. Conceito vulgar de tempo