A tese tem como objeto de estudo a concepção de verdade e sua relação com a base empírica. Investiga a possibilidade de o conhecimento coincidir com seu objeto, tornando as teorias verdadeiras. O racionalismo crítico é o contexto no qual Popper desenvolve esse debate. Nossa proposta investiga a transformação da filosofia popperiana, de uma noção inicial em que sequer aparece a terminologia verdade e falsidade, passando pela aceitação da certeza quanto à falsidade de proposições empíricas, até a relativização de tais conceitos. Aponta o risco de ceder integralmente ao ceticismo e faz perceber que o autor lança mão de uma metafísica evolucionária como subsídio para sua filosofia das ciências. O estudo evidencia claro que Popper foi contraditório ao negar a indução e retomá-la em sua ideia de aproximação da verdade; foi superficial relativamente à teleológica ideia regulativa da verdade e foi ingênuo ao conceber a base empírica como decisiva em um falibilismo restrito.