Esta tese busca responder como o espaço urbano de Maringá se desenvolveu destituído dos problemas inerentes à maioria das cidades brasileiras como favelas e ocupações irregulares. A produção do espaço urbano constituído pela atual Região metropolitana de Maringá-PR obedeceu, desde sua gênese, a uma orientação que reproduziu, no território, processos de desigualdade social pela ação do mercado imobiliário. Foram resgatadas as ações desse mercado e também as do poder público, ambos responsáveis pela manutenção das definições do projeto original na atual configuração socioespacial de Maringá e região. O projeto que norteou o desenvolvimento da cidade foi cumprido integralmente, inclusive, nos aspectos que definiram uma ocupação residencial diferenciada socialmente. Ao segmentar as áreas a serem comercializadas, segundo as especificidades socioeconômicas dos adquirentes, o agente imobiliário fomentou, ao longo de mais de meio século, uma ocupação residencial claramente segregada.