Este trabalho aborda e problematiza a trajetória do compositor Antônio Carlos Jobim no período anterior ao surgimento da Bossa Nova, mais precisamente, no intervalo entre os anos 1953/1958. Com o surgimento e ascenção da Bossa Nova como projeto de canção moderna, organizam-se também novos critérios para a avaliação de obras musicais, que trazem consigo não só a consagração de Tom Jobim como principal articulador do “movimento”, mas também a desqualificação de elementos considerados ultrapassados esteticamente. No entanto, a atuação de Jobim neste momento de redefinição do gosto musical reflete uma multiplicidade de projetos, refletidos em obras que apontam tanto para elementos posteriormente incorporados quanto rejeitados pela estética bossanovista. Através de fontes escritas e musicais expomos e analisamos os meandros desta trajetória, bem como a percepção da crítica de viés histórico sobre o tema.
Palavras chave: Tom Jobim. História da música. Música popular brasileira.