A presente pesquisa analisa discursos de deterioração identitária durante as primeiras décadas do século XX. Tal interpretação inicia na região de Guarapuava, centro sul paranaense, passa pelas falas médicas sobre a diversidade humana e acompanha a trajetória dos doentes de lepra no projeto de profilaxia baseado em isolamento centralizado e obrigatório até o Leprosário São Roque, no município de Piraquara, também no Paraná. Em um horizonte discursivo de biologização das identidades, busca-se entender como a composição do outro é atravessada por noções de impureza, anomia, perigo, que estigmatizam a pessoa por eles identificada e nomeada, diminuindo a sua condição humana.