A presente pesquisa teve como objetivo maior contribuir para o debate atual sobre a subjetividade da parcela da classe trabalhadora inserida no processo de reestruturação produtiva, que vem se intensificando nas grandes empresas desde a década de 1980. Pretendeu-se, particularmente, fornecer subsídios para se pensar sobre os efeitos de um aspecto específico de tal reestruturação sobre a percepção desses trabalhadores: a informatização da produção em sua articulação com as novas técnicas de gestão da força de trabalho recomendadas pelos chamados Programas de Qualidade Total. A partir do entendimento dessa aliança como um novo mecanismo de exploração e controle do capital sobre o trabalho vivo e que, enquanto tal, incorre em um novo tipo de alienação e reificação de sua capacidade criativa, decorre nosso objetivo específico: retirar dessa investigação elementos que auxiliem a perceber a eficiência ideológico-fetichista do efetivo exercício dessas novas políticas de gestão do trabalho em nível de unidade empresarial, especialmente no que se refere à questão da adaptação do quadro funcional às atuais demandas da produtividade capitalista