Os trabalhadores bancários vivem dramaticamente a reestruturação capitalista contemporânea, marcada pela difusão dos princípios e programas de ação neoliberais, pelo domínio e expansão da esfera financeira e pela adoção de novas modalidades produtivas. Um processo de precarização do emprego e intensificação do trabalho acompanha a mudança tecnológica e organizacional que se desencadeia aceleradamente nos bancos. Novos padrões de dominação de classe, sistematizados em programas de treinamento, "qualidade total" e "remuneração variável", invadem os ambientes laborais, buscando construir o trabalhador que pensa e age em nome do capital. Entre o culto da "excelência", a pressão brutal por produtividade e a ameaça permanente do desemprego, muitos bancários sujeitam-se à sobrecarga de trabalho e distanciam-se da luta sindical. Diferentemente dos anos 80, quando realizou movimentos grevistas, passeatas e assembléias com intensa participação dos trabalhadores, o sindicalismo bancário na década de 90 experimenta um forte refluxo e desenvolve ações defensivas em
Palavras-chave: Bancários. Trabalho. Sindicalismo. Sindicatos - Bancários. Bancos. Saúde e trabalho. Gestão da qualidade total face da reestruturação produtiva do capital.