A percepção de responsabilidade ética no design passou por diversas fases ao longo do século XX. Inicialmente centrado no resgate das estruturas sociais tradicionais abaladas pela Revolução industrial, o design acabou por assumir um papel ativo na construção de uma nova sociedade, coerente com as demandas de reformulação que os avanços tecnológicos exigiam. O avanço do século levou a enfoques menos engajados socialmente, mais focados ora na estética, ora na lógica, desenvolvendo-se segundo as exigências de uma expansão do consumo e da noção de bem estar nele baseada. Esta ênfase no consumo conduziu a extremos que acabaram por despertar, entretanto, uma nova consciência social, inicialmente voltada para a questão ambiental e mais tarde ampliada para questões tais como justiça e equidade.