O presente artigo procura desmistificar o espaço escolar como redentor das mazelas sociais ao mesmo tempo em que analisa a hegemonia da classe dominante que faz uso não só da sociedade política, mas da sociedade civil para disseminar sua ideologia. Analisa, de modo sintético, a educação no Brasil no que concerne à escola para as classes trabalhadoras demonstrando que a dicotomia escola de ricos e de pobres é fruto de uma sociedade divida em classes que desumaniza o trabalhador, arrebatando-lhe das mãos aquilo que o diferencia dos animais: o trabalho, a capacidade de planejar e prever resultados, justificando tal assertiva pela meritocracia. Uma vez que a classe detentora dos meios de produção subjuga o trabalhador, se apropriando do conhecimento, domínio e produto de seu trabalho, todavia, não lhe é capaz de tomar a capacidade de resistir, se opor ao domínio capitalista. Converter os mesmos meios que favorecem a classe dominante o exercício de sua hegemonia a favor da classe trabalhadora é possível, e a reforma da escola deve começar pela organicidade dos intelectuais envolvidos nesta peleja. Entre os autores consultados ressaltam-se os pressuposto de Gramsci.