Este texto se propõe a levantar algumas indagações que vêm de um dos traços mais inquietantes da contemporaneidade: a violência, e de maneira particular a violência infanto-juvenil. Esta incomoda e indaga a sociedade e a Pedagogia, as pesquisas, a reflexão teórica e o fazer educativos. Focalizo alguns pontos: a categoria violentos estaria se impondo como um novo parâmetro segregador na sociedade e nas escolas? Estariam em questão os avanços havidos na conformação do público e da escola como espaço público? As reações à violência estariam mostrando a fragilidade da proclamação da educação como direito de todos? E a fragilidade do reconhecimento da infância-adolescência como sujeitos de direitos? Destaco que as reações à violência infanto-juvenil repõem a tradicional disputa pelo imaginário sobre o povo e sobre a infância adolescência populares. De cada um desses traços chegam indagações para a Pedagogia.