O artigo começa analisando a trajetória da taxa de alfabetização no Brasil através das sucessivas gerações presentes nos censos 2000 e 1950, buscando colocar em evidência tanto o estado e como a dinâmica das desigualdades quanto à alfabetização na perspectiva de sua relação cruzada com campo-cidade e gênero. Busca, então, elementos teóricos de inteligibilidade dessas desigualdades. Os resultados obtidos são: o latifúndio é o principal determinante estrutural do analfabetismo no campo; o analfabetismo está tornando-se numericamente um problema predominantemente urbano; a histórica superioridade masculina quanto à alfabetização e escolarização está cedendo lugar a uma crescente superioridade feminina, tanto no campo como na cidade.
Palavras-chave: Alfabetização. Escolarização. Campo-Cidade. Gênero. Brasil.