A principal proposta deste trabalho é fazer alguns apontamentos teóricos como meio de reflexão para educadores e pesquisadores sobre o uso do RPG na educação. A primeira parte do referencial teórico deste trabalho apresenta a história dos roleplaying games (RPG) nos EUA e no Brasil e alguns estudos sobre RPG nos EUA e na Europa. Com base nestes estudos, apresenta-se uma definição de RPG e seus cinco tipos: RPG de mesa, LARP, aventura solo, RPG eletrônico solo e MMORPG. Na segunda parte do referencial teórico, discorre-se sobre as concepções de Vigotski, sobre suas teorias no Brasil, alguns conceitos da teoria vigotskiana, suas contribuições para a educação e uma leitura do RPG a partir de Vigotski. A metodologia trata do conceito de estado da arte e de uma possível leitura deste conceito a partir de Vigotski como embasamento para os procedimentos do levantamento bibliográfico e análise do material coletado. Este foi dividido em três categorias: material pedagógico, livros, dissertações e teses. Selecionaram-se apenas as dissertações e teses que apresentam Vigotski em seu referencial teórico. As análises abordam a produção sobre RPG no Brasil e a dificuldade de acesso a essa produção. Buscou-se mapear as concepções de educação que permeiam os trabalhos sobre RPG no Brasil, além de relacionar algumas destas à pedagogia tecnicista. Analisa-se também o material pedagógico quanto a seu uso por educadores, assim como os livros, as dissertações e as teses quanto às apropriações das teorias vigotskianas. Verificou-se a necessidade por parte de educadores e de pesquisadores de assumir um posicionamento crítico ao abordar o RPG, bem como de ter clareza no projeto de homem e sociedade que permeia sua prática. Constatou-se também que as teorias de Vigotski são pouco conhecidas e exploradas.
Palavras-chave: Jogos de fantasia. Aprendizagem. Jogos de fantasia. Educação.