Descrição:
ELLIOTT, Edenilce Hortencia Jorge
Este trabalho visa analisar criticamente os projetos de recuperação paralela e reforço inseridos na Proposta Curricular do Projeto São Paulo faz escola, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (gestão 2007-2010), avaliando-os enquanto ações dificultadoras ou facilitadoras da construção de um currículo escolar que considere o prazer de aprender por parte dos alunos que, apesar de terem concluído, no mínimo, seis anos de escolaridade no ensino fundamental, apresentam dificuldades de leitura e escrita. A análise da temática investigada pautou-se nas linhas teóricas de Apple (2006) e Gimeno Sacristán (1999; 2000), com relação à dimensão ideológica do currículo. Consideraram-se também as ideias de Lefèvre e Lefèvre (2002; 2003; 2005) para a construção do discurso do sujeito coletivo. O estudo consistiu em uma análise qualitativa a partir de pesquisa bibliográfica, documental e de campo. Foi feito um levantamento da legislação sobre estudos de recuperação paralela no período que abrangeu as Leis 4024/61, 5692/71 e 9394/96, e os dispositivos legais delas decorrentes. Quanto à pesquisa de campo, utilizou-se a entrevista como instrumento de coleta de informações que geraram a elaboração de um discurso do sujeito coletivo, representativo da voz dos alunos entrevistados. Esse discurso procurou registrar os sentidos dos projetos de recuperação e reforço em relação ao prazer de aprender, conforme percebidos e atribuídos pelos alunos de duas escolas da rede pública estadual, localizadas na zona norte de Osasco. Constatou-se uma forte disparidade entre o que tem sido proposto pelas políticas públicas do Estado de São Paulo em relação aos projetos de recuperação paralela e reforço e as necessidades dos alunos.
Palavras-chave: Currículo.Políticas Públicas Educacionais. Recuperação Paralela. Reforço Escolar.
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