Categoria: História Dissertações |
Políticas afirmativas e educação: a Lei 10.639/03 no contexto das políticas educacionais no Brasil |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
ROCHA, Luiz Carlos Paixão da
Através da análise da Lei n. 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira em todos os estabelecimentos de ensino da educação básica, em vigor desde 09 de janeiro de 2003, este trabalho traz uma reflexão sobre as contradições presentes no debate das políticas de ações afirmativas para o negro brasileiro, bem como tenta verificar em que medida essas políticas contribuem com a luta pela superação da ordem econômica vigente, ou obstaculizam essa superação. A Lei n. 10.639/03 chega ao Estado Brasileiro no bojo do debate da implantação das políticas de ações afirmativas para a população negra que, embora reivindicadas pelo movimento social negro, compõem o discurso estratégico dos organismos internacionais que defendem a instituição de políticas sociais focalizadas para os mais pobres, entre os quais, os negros. A análise realizada não nega as positividades das reivindicações do movimento social negro, porém tenta colocá-las dentro do atual contexto de desenvolvimento das políticas sociais, a fim de possibilitar uma apreensão mais cuidadosa do objeto, dentro das várias determinações da sociedade. O trabalho, entendendo as desigualdades raciais como um dado importante da realidade brasileira e como um subproduto da dinâmica da sociedade capitalista, procurou estabelecer relações entre a superação das desigualdades raciais e as desigualdades sociais, propondo, assim, na luta política, a aliança entre a luta racial e a luta de classes. Neste sentido, a Lei n. 1.0639/03 pode configurar-se como um instrumento de luta para o questionamento da ordem vigente, na medida em que coloca em xeque construções ideológicas de dominação, fundadoras da sociedade brasileira. Palavras-chave: Políticas educacionais. Políticas de ações afirmativas. Negro e educação. Lei n. 10.639/03. Ideologia.
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Categoria: História Dissertações |
Da ortodoxia à heresia: os Valdenses (1170-1215) |
Versão: PDF Atualização: 14/10/2013 |
Descrição:
THOMÉ, Laura Maria S.
A passagem dos valdenses, um grupo de pregadores pobres, da ortodoxia à heresia, na cidade de Lyon no reino da Borgonha, pertencente ao Santo Império Romano-Germânico, entre o final do século XII e o início do XIII, foi analisada com base nas atas dos III e IV Concílios de Latrão (1179 e 1215) e do Sínodo de Verona (1184). Procurou-se compará-las com testemunhos de contemporâneos e com profissões de fé do líder do grupo, Pedro Valdo e de seguidores seus como Duran de Huesca que retornaram ao seio da Igreja após a condenação do grupo como herético. Observou-se que no III Concílio de Latrão os valdenses tiveram seu modo de vida aceito pelo papa Alexandre III e foram enviados de volta a Lyon com a recomendação de que não deveriam pregar a não ser com a autorização prévia do bispo. Inicialmente cumpriram a ordem, dedicando-se ao combate ao catarismo, contudo sua inata vocação de pregadores os fez desrespeitá-las sendo denunciado ao Papa e declarados hereges no encontro de Verona, em 1184, quando Lúcio III e o imperador Frederico I promulgaram constituições enérgicas de combate à heresia conclamando os príncipes a exercerem este combate em seus domínios. Os valdenses foram expulsos de Lyon e atingiram cidades italianas, a Germânia e a Suíça, denunciando os males do clero, sua riqueza e luxo. Aproximaram-se do discurso de outros grupos, como os cátaros, e chegaram ao IV Concílio de Latrão amalgamados com eles e sofrendo as mesmas punições. Foram definitivamente considerados heréticos. Viu-se que o que se iniciou como uma tentativa local de reformar a Igreja, exercida por homens que desejavam viver em vita apostolica e pobreza voluntária sofrendo a condenação de seu bispo, tornou-se perigosa ortodoxia, ou seja, em heresia a ser eliminada.
Palavras-chave: Valdenses. Concílios de Latrão. Ortodoxia. Heresia.
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Categoria: História Dissertações |
O plebiscito de 1963: inflexão de forças na crise orgânica dos anos sessenta |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
MELO, Demian Bezerra de
Este trabalho discute as lutas políticas levadas a cabo pelo presidente João Goulart (1961-1964) e um amplo espectro de forças políticas pela liquidação do sistema parlamentarista. Este último foi instituído de forma casuística após a crise política provocada pela renúncia de Jânio Quadros em agosto de 1961, e a tentativa dos ministros militares deste em impedir que o vice-Presidente, João Goulart, assumisse o Executivo federal. Na emenda constitucional que instituiu o parlamentarismo (o Ato Adicional), era prevista a realização de um plebiscito (ou referendum), em princípios de 1965, que decidiria pela continuidade ou não do novo sistema de governo. Desde sua posse, Goulart deixou clara sua intenção de antecipar o referendum e retornar o mais rápido possível ao sistema presidencialista. Para isto contou com a ajuda de lideranças políticas interessadas em concorrer às eleições presidenciais em 1965, como Magalhães Pinto, Juscelino Kubitschek, Leonel Brizola, forças políticas da esquerda, como comunistas e trabalhistas – que dirigiam importantes entidades do movimento sindical e popular – além de militares nacionalistas e alguns setores da imprensa. Em 15 de setembro de 1962, tais forças políticas conseguiram que o Congresso aprovasse a antecipação da consulta popular para o dia 6 de janeiro de 1963, quando o parlamentarismo foi rejeitado pela maior parte dos eleitores, numa proporção de cinco a cada seis.
Palavras-chave: João Goulart. Parlamentarismo. Eleições. Prebiscito.
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Categoria: História Dissertações |
O tempo e a notícia Em Cima da Hora: o imediato na história |
Versão: PDF Atualização: 18/10/2013 |
Descrição:
MARTINS, Juliana Holanda M.
Avaliar como passado, presente e futuro se articulam na notícia veiculada num canal de jornalismo 24 horas no ar é o objetivo central desta dissertação. O "Em Cima da Hora", que vai ao ar de hora em hora, pelo canal de TV por assinatura Globo News, é o telejornal escolhido para analisar o tempo na construção da notícia, levando em consideração que na sociedade contemporânea a percepção do tempo passa, necessariamente, pelos meios de comunicação. A forma cada vez mais rápida que a informação chega ao público, através da televisão, da internet ou de outras mídias, faz com que o passado, o presente e o futuro se aproximem, dando a impressão de que os fatos surgem sempre no presente imediato. O volume de notícias veiculadas todos os dias na Globo News é muito grande, assim o trabalho analisa dois dias distintos no "Em Cima da Hora": o dia da saída de Antonio Palocci do ministério da Fazenda – 27 de março de 2006; e o dia 4 de fevereiro de 2009. No primeiro, a repercussão foi tão grande, que essa notícia monopolizou todas as edições do "Em Cima da Hora" não dando espaço a nenhum outro fato. O segundo dia, pelo contrário, foi escolhido justamente porque não tinha nenhuma notícia de grande relevância capaz de alterar a paginação dos jornais, o que facilita a análise crítica sobre a escolha do que deve ser noticiado ou não. Tendo o tempo como pano de fundo e grande articulador dos fatos noticiados, este trabalho também lança um olhar sobre a construção da memória na sociedade contemporânea e sobre o papel de historiadores e jornalistas que, mesmo de formas diferentes, atuam como mediadores entre os acontecimentos, históricos ou não, e a construção da experiência social.
Palavras-chave: "Em Cima da Hora". Jornalismo. Historiadores. Mediadores.
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Categoria: História Dissertações |
Escolas de Modelos: Três décadas do Anuário das Senhoras (1934-1954) |
Versão: PDF Atualização: 14/10/2013 |
Descrição:
GARCIA, Janaína A. B.
O objetivo desse trabalho foi analisar a publicação feminina Anuário das Senhoras, entre as décadas de 1930 e 1950, buscando apreender como esse material, um emissor de discursos voltados para a figura feminina, organiza seu conteúdo, tendo em vista ser ele próprio um receptor de mensagens externas. Como fio condutor da reflexão, buscou-se trabalhar o primeiro número em todos os seus aspectos, a fim de tomá-lo como parâmetro para a análise dos exemplares posteriores. Por se tratar de um veículo de comunicação destinado às mulheres, a publicação abordou os temas considerados de interesse feminino. E, em sua realização, apropriou-se de referências diversas, desde a tradição francesa até os padrões veiculados pelo cinema e o modo de vida norte-americanos, fazendo dialogar modelos por vezes contraditórios, e construindo, ela própria, seus modelos de referência. Em um segundo momento, foram selecionados recortes das décadas de 1940 e 1950, orientados ora pela possibilidade de se detectar mudanças em temas habituais a mais de um Anuário, ora pelo destaque incomum concedido a determinados assuntos, em relação aos outros números. Ao fina, procurou-se detectar as mudanças e permanências nos discursos, nas temáticas e nas imagens de mulher construídas ao longo desse período.
Palavras-chave: Discurso. Décadas de 1930 - 1950. Publicação. Mulheres.
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Categoria: História Dissertações |
Outras narrativas da nacionalidade: o movimento do Contestado |
Versão: PDF Atualização: 2/10/2013 |
Descrição:
DALFRÉ, Liz A.
O presente trabalho tem como objetivo realizar uma reflexão histórica acerca de algumas representações produzidas durante a década de 1910 sobre o Movimento do Contestado. Centrando a análise nos textos produzidas pela imprensa periódica escrita paranaense e pelos militares, compreendemos que as narrativas desse evento estiveram inscritas em uma comunidade de imaginação, onde determinadas noções foram recorrentes. Verificamos a tensão existente entre concepções românticas e racionalistas nas reflexões a respeito dos habitantes do interior e que demonstraram o interesse de determinadas instituições do período, na constituição de uma identidade nacional e regional. Essas narrativas também possibilitaram refletirmos acerca da importância da obra de Euclides da Cunha, Os Sertões, na formação de um pensamento sobre o conflito sulino. As narrativas fundantes do Movimento do Contestado, convergiam para uma representação comum no período, onde o homem do interior, apesar de considerado bárbaro e ignorante, também foi eleito como o elemento autenticamente nacional. Nesse sentido, os textos que narraram o conflito na segunda década do século XX, mostraram-se permeados por dúvidas e contradições em torno da necessidade de exterminar os rebeldes, por um lado considerados inimigos da República, porém, por outro lado, compreendidos enquanto cerne da verdadeira nacionalidade.
Palavras-chave: Narrativas. Contestado. República. Paraná.
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Categoria: História Dissertações |
"Ressurreições Luminosas" - cinema, história e escola: análise do discurso em épicos |
Versão: PDF Atualização: 2/10/2013 |
Descrição:
MOCELLIN, Renato
O cinema é um meio de comunicação que exerce enorme influência na forma como as pessoas de um modo geral - e as em idade escolar em particular - constroem seu saber histórico, cultural e ideológico. Inspirados na orientação pedagógica dos Parâmetros Curriculares Nacionais - que defendem que é preciso ensinar o estudante a pensar/refletir historicamente – encaminhamos esta pesquisa para uma abordagem que contempla o cinema como objeto de análise, direcionando-a para a investigação das concepções históricas e ideológicas a que os alunos têm acesso através da indústria cinematográfica. Foram analisados os quatro filmes com conteúdo histórico com maior rentabilidade da história do cinema mundial, produzidos nos últimos dez anos: Gladiador (2000); Tróia (2004); Cruzada (Kingdom of Heaven, 2005) e 300 (2007). O método de análise escolhido foi a análise do conteúdo, para a qual estabelecemos duas unidades principais de registro (que, por sua vez, agruparam diversos outros conceitos): conteúdo histórico e conteúdo ideológico - este analisado sob a perspectiva da analise do discurso. Este trabalho buscou avançar na discussão do cinema sob uma perspectiva que reúne três campos de estudos aparentemente independentes: História, Comunicação e Educação. A fundamentação teórica, portanto, está articulada em torno de quatro eixos principais de estudo: História, historiografia e ensino da História; cinema como indústria cultural; educação para as mídias/letramento midiático e análise do discurso - esta como método de análise que objetiva desvendar as construções ideológicas materializadas nas práticas discursivas para se chegar ao letramento midiático - sem o qual o sujeito não chega a compreender o poder que os meios de comunicação têm na construção da cultura, do conhecimento histórico, da ideologia, das estruturas sociais e das relações socioculturais. Os filmes estudados estão repletos de erros fáticos e anacronismos, não revelando, de um modo geral, maior compromisso com a veracidade histórica. Seus discursos ideológicos convergem para um discurso pró-guerra, justificado pela luta pela liberdade e conquista da paz, enaltecendo-se a valentia do soldado que morre por sua pátria e o heroísmo das conquistas militares. A análise do conteúdo histórico e dos enunciados presentes nas obras selecionadas permitiram-nos fazer algumas considerações sobre a ligação entre os filmes, o passado histórico que alegam resgatar e o ideológico da sociedade que representam.
Palavras-chave: Cinema e ensino de História. Educação. Comunicação e História. Letramento Midiático. Análise do discurso no cinema histórico.
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