Categoria: Geografia Artigos |
Zoneamento de riscos climáticos para a cafeicultura do estado de São Paulo |
Versão: Atualização: 30/4/2012 |
Descrição:
ASSAD, Eduardo Delgado; ALFONSI, Rogério Remo; ZULLO JUNIOR, Jurandir; PINTO, Hilton Silveira; BRUNINI, Orivaldo; CORAL, Gustavo
A localização de áreas agrícolas com menores probabilidades de ocorrência de extremos climáticos que limitem o desenvolvimento da cafeicultura, em qualquer região do mundo, é um fator fundamental para o estabelecimento de um cultivo racional. O presente trabalho foi baseado em estudos já realizados, anteriormente, que mostraram, no estado de São Paulo e no Brasil, as áreas aptas e com limitações à implantação de uma cafeicultura economicamente viável, evitando regiões com ocorrência de estiagens prolongadas, deficiências hídricas sazonais, geadas ou outros fenômenos climáticos que possam prejudicar o bom desenvolvimento da cultura. O uso de programas especiais para geoprocessamento, associado a um banco de dados climáticos permitiu a elaboração de cartas de riscos climáticos à cafeicultura no estado de São Paulo, considerando-se fatores de ambiente que, anteriormente, haviam sido desprezados devido à dificuldade de integração das informações espacialmente. Os resultados obtidos mostram, em escala de município, as áreas com possibilidade de cultivo de café, evitando-se, em termos probabilísticos, regiões onde os fenômenos adversos ocorrem com maior frequência. As informações são úteis para financiamento de operações agrícolas e na área de securidade rural para a cafeicultura.
Palavras-chave: Café. Coffea arabica L.. Regionalização. Clima. Geada. Brasil.
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Categoria: Geografia Artigos |
Vulnerabilidade do lugar vs. vulnerabilidade sociodemográfica: implicações metodológicas de uma velh |
Versão: pdf Atualização: 4/9/2013 |
Descrição:
MARANDOLA JR., Eduardo e HOGAN, Daniel Joseph
A pergunta "vulnerabilidade a que?" é primária nos estudos sobre riscos e perigos. Nos estudos populacionais, essa pergunta se direciona a grupos demográficos que estão sujeitos a determinados perigos, que podem estar relacionados às características da dinâmica demográfica ou à sua situação socioeconômica, ligadas ao ciclo vital, à estrutura familiar ou às características migratórias do grupo. O campo de população e ambiente acrescentou a dimensão espacial à problemática, considerando a posição e a situação (relacionais e relativas) componentes dos elementos que produzem perigos ou que fornecem condições de enfrentá-los. Notam-se, de um lado, a influência de uma abordagem ecológica, que entende o meio como um conjunto físico-social que influencia e é influenciado pela população, e, de outro, a presença de postulados materialistas, que concebe a relação sociedade-natureza como um devir histórico-social que se pauta pela produção contraditória e desigual do espaço e da sociedade. Em ambientes fortemente modificados pelo homem, como as grandes cidades, a matriz causal de riscos e de elementos que podem interferir na vulnerabilidade é consideravelmente maior, tornando difícil apreender relações de causalidade entre determinados perigos e certas características do grupo demográfico. Em vista disso, olhar para os perigos e para a vulnerabilidade do lugar é uma estratégia que permite, em microescala, captar os elementos que interferem na produção, aceitação e mitigação dos riscos. A dimensão ecológica é re-significada ao incorporar a dimensão existencial e fenomênica do lugar, entendendo os grupos demográficos em sua relação de envolvimento e pertencimento ao seu espaço vivido. A partir de uma série de trabalhos empíricos desenvolvidos nos últimos anos, este artigo reflete sobre as possibilidades dessa perspectiva teórico-metodológica, que utiliza uma prática qualitativa de campo e uma orientação geográfica na construção de um diálogo mais estreito entre Geografia e os estudos populacionais, a partir do campo População e Ambiente.
Palavras-chave: Riscos. Cidade. Espaço. Metodologias qualitativas. Geografia da população.
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Categoria: Geografia Artigos |
Uma Viagem Virtual pelos Biomas Brasileiros |
Versão: Atualização: 4/9/2013 |
Descrição:
DI MAIO, Angelica C.; FRANCISCO,Cristiane N.; PINTO, Cláudia Andréa L.; NUNES, Eusébio A.; CARVALHO,Marcus V. A. de
Este trabalho gerou produtos em meio digital que visam dinamizar o ensino da Geografia através do emprego de tecnologias da informação e comunicação, incentivar a utilização dos laboratórios de informática nas escolas de Ensino Básico, divulgar a importância do uso do Sistema de Informação Geográfica (SIG) na educação e promover o conhecimento dos diferentes biomas do Brasil. O trabalho desenvolveu atividades sobre os biomas brasileiros em um CD-ROM, divididas em seis módulos, cada um correspondendo a um bioma brasileiro Na primeira etapa, o estudante localiza os biomas no território brasileiro por regiões e estados. A segunda etapa relaciona os biomas aos tipos de clima e às bacias hidrográficas. Na terceira etapa realiza atividades de Cartografia, de orientação espacial e cálculos de distância e área. Essas etapas são realizadas no Sistema de Informação Geográfica (SIG) EduSPRING, elaborado especialmente para ser usado na educação, adaptado do SIG SPRING 5.0 do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No CD-ROM estão incluídos o EduSPRING, os bancos de dados, o caderno de exercícios e o manual das atividades. O banco de dados é constituído por imagens e mapas temáticos, representando os biomas, as bacias hidrográficas, os tipos climáticos e as regiões brasileiras, além dos limites dos estados, as capitais, os principais rios, os parques nacionais e estaduais e as reservas indígenas Este trabalho faz parte do Projeto GEOIDEA (Geotecnologia como instrumento da Inclusão Digital e Educação Ambiental), que também prevê a realização de um curso para professores das redes municipal e estadual, visando à capacitação para utilização desse material com seus alunos. Através dos temas abordados - desmatamento, queimadas, expansão urbana, atividades econômicas, uso indevido do solo, delimitação de parques e áreas indígenas, procurou-se promover o uso das novas tecnologias no ensino da Geografia, levando à reflexão da situação atual de cada bioma estudado. Outra contribuição importante é a disseminação do uso SIG como uma ferramenta eficaz no ensino da Geografia.
Palavras-chave: Geografia. Ensino. SIG. Biomas. Brasil. Spring. Inpe. Imagens. Mapas temáticos.
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Categoria: Geografia Artigos |
Uma geografia dos Yanomami |
Versão: Atualização: 7/5/2013 |
Descrição:
SOMAIN, René
Os Yanomami são um pouco menos de 30.000 (dos quais 14.000 no Brasil) e vivem em uma área de aproximadamente 192.000 quilômetros quadrados, em ambos os lados da fronteira Brasil-Venezuela, em áreas que vão desde ambiente de floresta amazônica de várzea – na bacia do Orinoco e do Amazonas – até regiões francamente montanhosas. Na década de 1990, do lado brasileiro, foram dizimadas por incursões de garimpeiros que levaram doenças graves – em especial a malária – a comunidades até então relativamente isoladas. A luta dos grupos indígenas, apoiada pelo lobby indigenista permitiu que na década de 2000 ganhassem o controle de um território que os torna imunes à expulsão e à perda de recursos econômicos e sociais associados: reconhecida e homologada em 1992, a Terra indígena Yanomami (TIY) abrange agora 96 650 km2 (aproximadamente a área de Portugal ou da Hungria). Recentemente a maneira de ver os Yanomami mudou, e este livro é a prova disso. O declínio das populações indígenas do Brasil era apresentado como inevitável, levando à desintegração destas sociedades. Porém, de acordo com François-Michel Le Tourneau, uma espécie de “revolução copernicana” aconteceu, “começamos a considerar a transformações sociais em curso nos grupos indígenas não como uma degeneração, mas como um processo de adaptação às novas circunstâncias, um fenômeno compartilhado por todas as culturas do mundo, dominante ou não: a partir daí, podemos considerar que os atuais Índios e não como relíquias de um passado misterioso, mas como nossos contemporâneos”.
Palavras-chave: Yanomami. Geografia. Cultura. Território.
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