Categoria: História Artigos |
O papel das mulheres na organização do espaço social na sociedade colonial brasileira |
Versão: PDF Atualização: 27/9/2013 |
Descrição:
BURILLE, Celma Faria de S.
Esse artigo foi originalmente apresentado ao final do módulo História da Mulher, no curso de Mestrado pela UFPR e depois reorganizado para ser apresentado como texto para a oficina do DEB Itinerante/2010, no NRE de Cascavel. Ele pretende refletir os conflitos entre homens e mulheres: uma questão de relações de poder, através das ideias de Foucault, que afirma que o poder está em todas as partes, que o poder reprime, mas produz efeitos de verdade e saber, constituindo verdades e práticas. Pretende também conhecer um pouco da trajetória e a importância do papel da mulher na formação da sociedade brasileira, para entender a sua organização, bem como as transformações na sociedade brasileira ao longo da história, do período colonial até a atualidade, para compreender as mudanças ocorridas; qual seu papel na sociedade. Atualmente a mulher tem múltipla jornada: casamento, casa, filhos e trabalho. Muitas responsabilidades sociais e muitas cobranças: da família, do marido, da escola, da igreja. A grande questão que se coloca hoje para a mulher é: “Ser ou não Ser – Amélias, Giseles ou Zilda?!” Trataremos um pouco do papel da mulher na formação da sociedade brasileira através de algumas ideias de 03 historiadoras brasileiras: Maria Odila.
Palavras-chave: Mulher. Poder. Submissão.
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Categoria: História Artigos |
Tropeirismo: Processo civilizatório da região sul do Brasil |
Versão: PDF Atualização: 30/9/2013 |
Descrição:
FRASSON, Antonio Carlos & GOMES, Silvestre Alves
A essência da vida nos idos do século XVIII no Brasil Colônia passou por um emaranhado de situações em seus paradigmas econômicos, culturais e sociais que foram construídos e evidenciados ao longo da história brasileira. Entre esses encontra-se o movimento tropeirista. Essa atividade recebeu o nome de tropeirismo em razão das tropas, que eram constituídas principalmente de muares para serem comercializadas em Sorocaba-SP, onde se realizavam grandes feiras desses animais, o que promovia o comércio de outros produtos, causando grande movimentação nesse povoado que rapidamente prosperava. Além das mulas, a mercadoria mais valorizada na época, os tropeiros (proprietários e/ou condutores de tropas) transportavam também gêneros alimentícios, produtos manufaturados, inclusive os importados da Europa, e também faziam intercâmbio de informações. Devido às transações comerciais de compra e venda de muares destinados ao transporte de mercadorias, realizadas nos centros urbanos que estavam em crescente formação, caso específico dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e por compreender grande movimentação no deslocamento desses rebanhos de regiões distantes, esse movimento tornou-se um importante fator de formação sócio-político-econômica das regiões que abrangeu, razão pela qual é considerado por historiadores como uma das atividades mais relevantes de nossa história. Dentre os diversos caminhos estabelecidos pela atividade tropeira na região sul do Brasil, os de maior relevância são: Caminho do Viamão, Caminho da Vacaria, Caminho das Missões e Caminho de Palmas. As reflexões que se ensejam neste artigo têm em foco o Caminho do Viamão, percorrido pelos tropeiros paulistas, principalmente, que se deslocavam até Viamão – no atual Rio Grande do Sul, para tanger tropas, principalmente de muares, até Sorocaba – São Paulo. Essa rota, também conhecida como Caminho do Viamão, Caminho das Tropas, ou ainda, Estrada Real, cortava os campos de domínios português e espanhol, dos atuais Estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e São Paulo. Ao longo do percurso, do Caminho do Viamão, os pousos dos tropeiros deram origem a importantes cidades como: Viamão, Vacaria, Lages, Rio Negro, Lapa, Balsa Nova, Palmeira, Ponta Grossa, Carambeí, Castro, Piraí do Sul, Jaguariaíva, Sengés, Itararé, Itapeva, Itapetininga, Sorocaba, entre outras. Assim, objetiva-se, neste trabalho, analisar o papel dos tropeiros, por intermédio do movimento ensejado no Paraná, o Caminho das Tropas, como suporte e referência de aspectos sociais, considerando nesse caminho ocorreu um processo de integração e desenvolvimento do estado do Paraná. Para isso, o eixo central da análise questiona se o movimento tropeirista pode ser considerado como uma configuração social dentro do processo civilizatório no Paraná. Para tanto, do ponto de vista metodológico, este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa exploratória de cunho documental e bibliográfico tendo, como suporte, as obras do sociólogo Norbert Elias. Acrescente-se a isso que Elias estabelece um novo caminho para analisar a configuração da sociedade. A base para se assumir essa ideia é a de que, como já predisse Elias, quanto mais histórica a sociologia ou mais sociológica a história, mais adequada se torna uma determinada metodologia interpretativa. A conclusão ensejada neste trabalho conduz para o entendimento de que o movimento tropeirista, no Paraná, demonstra que, em virtude da necessidade de paradas para o descanso e de alimentar a tropa e tropeiros, originaram-se povoados, os quais foram se transformando em cidades. Este fato por si só possibilitou, de maneira gradativa, a integração entre as economias regionais e a população brasileira, constituindo-se, um dos elementos essenciais de uma estrutura organizacional que se apresenta em diversas formas de interrelacionamentos ou entrelaçamentos sociais que permitem melhor compreensão do processo de transformação social.
Palavras-chave: Tropeirismo. Caminho das Tropas. Processo Civilizador.
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