Categoria: Filosofia Teses |
Objetividade e Espacialidade: Kant e a Refutação do Idealismo |
Versão: PDF Atualização: 22/7/2013 |
Descrição:
FALKENBACH, Tiago Fonseca
No presente trabalho, apresentamos uma reconstrução do argumento kantiano em favor da tese que objetividade implica espacialidade. O argumento é exposto na Crítica da Razão Pura (e parcialmente reformulado em algumas Reflexões que integram o Nachlass). Kant, no entanto, é extremamente conciso em alguns de seus passos fundamentais. Para contornar essa dificuldade, recorremos ao trabalho de outros filósofos que defenderam a mesma tese, notadamente, L.Wittgenstein, P.F.Strawson e Gareth Evans. Mesmo nas ocasiões em que nos distanciamos da letra de Kant, porém, buscamos preservar sua estratégia de prova, a saber, fundamentar o vínculo entre as noções de objetividade e espacialidade a partir de sua relação com a noção de temporalidade. A ‘Refutação do Idealismo (problemático)’, acrescentada na segunda edição da Crítica, desempenha um papel central nessa estratégia. Sendo assim, procuramos razões para a afirmação que a representação objetiva de uma existência no tempo – a representação da existência de um sujeito de consciência, para tomar o caso destacado por Kant – pressupõe a representação de objetos espaciais e independentes da mente. Argumentamos que a melhor defesa da validade da Refutação kantiana é uma doutrina da cognição de inspiração wittgensteiniana, mais exatamente, da concepção de conceitos como regras cuja aplicação requer padrões de correção (também denominados, pelo próprio Wittgenstein, de ‘paradigmas’). Segundo essa concepção, padrões devem ser objetos permanentes, existentes no espaço, independentes da mente e usados como paradigmas da aplicação correta de conceitos. Para que sejam usados dessa maneira, devem ser conhecidos pelo sujeito de pensamentos, isto é, por aquele que emprega conceitos e, portanto, segue regras. No primeiro capítulo, é discutida a teoria kantiana da cognição. Isso inclui o esclarecimento da noção de objetividade, assim como da tese que toda cognição requer conceitos. O segundo capítulo trata da relação entre objetividade e temporalidade. Há duas etapas principais nessa discussão. A primeira é uma análise da estrutura diacrônica da atividade conceitual. Nessa parte, examinamos as noções kantianas de juízo e de sujeito de pensamentos, especialmente como expostas na ‘Analítica dos Conceitos’. A segunda etapa é uma análise do argumento em favor da tese que a representação objetiva do tempo requer a representação de um objeto permanente. Kant desenvolve esse argumento na ‘Primeira Analogia (da Experiência)’. O segundo capítulo encerra, assim, com uma interpretação desse texto. Finalmente, no terceiro capítulo, consideramos a relação entre representação objetiva do tempo e espacialidade. Nessa parte, são examinadas duas vias de reconstrução do argumento da ‘Refutação do Idealismo’. A primeira é caracterizada pelo fato de não pressupor uma leitura forte da tese que cognição implica conceitos. Essa é a reconstrução que deve ser adotada pelo não-conceitualista. A segunda, ao contrário, admite a leitura forte da tese, bem como a concepção de conceitos como dependentes do conhecimento de padrões de correção. Defendemos que a segunda reconstrução é, das duas, a que está mais próxima de alcançar o resultado pretendido.
Palavras-chave: Espacialidade. Filosofia alemã. Filosofia moderna. Filosofia transcendental. Idealismo alemão. Idealismo transcendental. Kant, Immanuel 1724-1804. Metafísica. Objetividade.
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600 0 bytes LUME UFRGS http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/61191 |
Categoria: Filosofia Teses |
Sobre a leveza do humano : um diálogo com Heidegger, Sartre e Levinas |
Versão: Atualização: 30/4/2013 |
Descrição:
SAYÃO, Sandro Cozza
Na contramão das pesquisas sobre a humanitas do homo humanus no século XX, principalmente a que se fez no exercício da filosofia como fenomenologia em Heidegger, Sartre e Levinas, ergo aqui a possibilidade da Leveza. Considerando que nestes se delineia, pari passu ao sentido do humano, um peso existencial expresso como o fardo da finitude (Heidegger), do excessivo centramento em si (Sartre) e da responsabilidade infinita (Levinas), sugiro a Tese de que é viável filosoficamente coadunar, a um só tempo, humanidade e leveza, sem que se decaia a um sentido dionisíaco ou alienado da descrição do que é o homem. Em síntese, transito aqui no fato de que é sustentável a Leveza do Humano, quando do olhar para a fenomenalidade do evento da generosidade e quando se adentra de vez no sentido do humano tecido a partir da responsabilidade, o que desde Levinas se delineia como disposição anárquica ao Bem anterior ao ser. Reino da Bondade que de nenhum modo é um fardo e um peso sobre os ombros do homem.
Palavras-chave: Leveza. Sentido do Humano. Bem. Responsabilidade. Generosidade.
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2016 0 bytes Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do |
Categoria: Filosofia Teses |
Por uma pequena ética |
Versão: Atualização: 30/4/2013 |
Descrição:
RAMOS, Sergio Ricardo Vieira
Por uma pequena ética: sentido e possibilidade da contribuição do projeto filosófico de Paul Ricur à filosofia prática. Esta tese pretende defender a pequena ética de Paul Ricur como culminância e horizonte de sentido de sua reflexão filosófica. A tese é, portanto, sobre Ricur e uma dada chave de leitura de seu trabalho, concebido como uma hermenêutica do si construída no patamar de uma filosofia prática. Então, procurou-se mostrar que, a despeito de uma suposta dispersão, há indicadores de uma unidade em sua obra, instruída e fortalecida com um itinerário formativo que induz à pergunta pela ética.
Palavras-chave: Ricoeur, Paul, ética, hermenêutica.
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1009 0 bytes UFMG |
Categoria: Filosofia Teses |
O trabalho como princípio educativo do ensino |
Versão: Atualização: 30/4/2013 |
Descrição:
ZANELLA, José Luiz
Este estudo tem como objetivo analisar as determinações do trabalho e do mundo do trabalho no ensino escolar público. Mostra, a partir da filosofia da práxis, que a defesa da centralidade do trabalho está relacionada a defesa do ensino e da ciência ao mesmo tempo. Para tanto, a análise busca explicitar os pressupostos teórico-metodológicos da filosofia da práxis, mostrando que a defesa do ensino do concreto como sendo o ensino do conceito, este entendido como sendo o conceito científico e filosófico, pressupõe, para o professor, clareza ontológica, antropológica, epistemológica e de práxis. A defesa do ensino a partir da defesa do trabalho, neste estudo, expressa uma primeira aproximação de crítica as tendências de ensino denominadas de ensino reflexivo, professor pesquisador e construtivistas. Mostra que estas tendências de ensino negam a centralidade do trabalho, ao mesmo tempo que negam o ensino da ciência na perspectiva da filosofia da práxis e articulam-se com o trabalho flexível da reestruturação do capitalismo. São, portanto, tendências do ensino do capital que expressam uma visão de mundo neoliberal e, na maioria dos casos, pós-moderna. A ênfase da tese consiste em investigar o processo de trabalho a partir da teoria do valor, primeiramente no pensamento de Ricardo e, depois na constituição da filosofia da práxis em Marx.
Palavras-chave: Educação e trabalho. Ensino.
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1328 0 bytes Unicamp |
Categoria: Filosofia Teses |
O sujeito é de sangue e carne : a sensibilidade como paradigma ético em Emmanuel Levinas |
Versão: Atualização: 30/4/2013 |
Descrição:
SANTOS, Luciano Costa
Numa leitura itinerante do pensamento de Emmanuel Levinas, que refaz e articula seus principais momentos, intentamos aprofundar o sentido ético da subjetividade enquanto responsabilidade pelo Outro ou um-para-o-Outro, mostrando que o humano se abre com a possibilidade extraordinária de que a alteridade do Outro venha a contar para o sujeito antes que a sua própria identidade para si mesmo. O ponto agudo deste projeto é sustentar que o sentido ético da subjetividade não emerge de modo suficiente sem uma exaustiva referência à sua dimensão sensível e encarnada. Esta articulação nodal entre ética e encarnação, ou responsabilidade e sensibilidade, torna-se patente à medida em que se descreve o arco de constituição da subjetividade, quer como ser para-si, no gozo sensível e na apropriação econômica das coisas do mundo, quer como um-para-o-Outro, na suscetibilidade a ser afetado pela alteridade de outrem e responder por ela com o dom dos próprios recursos ou, em última instância, com o dom de si mesmo, uma vez que o sujeito primariamente se constitui a partir do que ele frui e tem.
Palavras-chave: Subjetividade. Sensibilidade. Gozo. Responsabilidade. Vulnerabilidade.
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1435 0 bytes Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do |
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