Categoria: História Teses |
Longe demais das capitais? Cultura política, distinção social e Movimento Estudantil no Piauí |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
VALE JÚNIOR, João Batista
Esta tese procura mostrar as especificidades do Movimento Estudantil (ME) piauiense. O balizamento histórico estabelecido para a abordagem, situa-se entre a formação da primeira entidade de representação estudantil no Piauí (1935) e as manifestações locais que, nessa Unidade da Federação, marcaram o período de crise e superação da ditadura civil-militar, instaurada no Brasil em 1964: o ano de 1984. Procurou-se demonstrar que a constituição da identidade do ME, no Piauí, deu-se em um cenário em que a força dos valores e tradições conservadoras consubstanciaram-na. Ao tempo em que esses valores e tradições, geralmente sustentadas no tripé ordem/disciplina/progresso impediam a imersão das entidades estudantis em um círculo de referências ideológicas e políticas identificadas com o romantismo revolucionário de esquerda, fundamentavam também formas de distinção social e política que elevavam as lideranças estudantis ao patamar de interlocutores diretos com os círculos do poder. Essas condições de interlocução permitiam a essas lideranças atingirem metas reivindicativas que reforçavam a eficácia de sua representação. As transformações políticas pelas quais passou o Brasil nos anos 70 impactaram o ME piauiense de maneira a aproximá-lo do ideário de esquerda, alterando significativamente a composição de suas lideranças, referências ideológicas e estratégias de luta. Até meados dos anos 80, apesar das mudanças em sua dinâmica interna, o ME piauiense conservou parte de sua capacidade de diálogo com o campo político dominante, tendo a imprensa de Teresina como mediadora dessa relação e como difusora das bandeiras de luta e mobilizações estudantis junto à opinião pública.
Palavras-chave: Cultura Política Juvenil. Movimento Estudantil. Estado. Poder.
|
1054 0 bytes PPGH - UFF http://www.historia.uff.br/stricto/ |
Categoria: História Teses |
"Nós não somos de origem": Populares de ascendência açoriana e africana numa freguesia do Sul |
Versão: PDF Atualização: 21/10/2013 |
Descrição:
FERREIRA, Sérgio L.
O presente trabalho faz uma história cultural a partir dos dados demográficos da freguesia de Nossa Senhora das Necessidades da Praia Comprida (atual Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis, SC). A população desta freguesia foi constituída basicamente por açorianos e africanos. O comportamento demográfico e cultural da população livre no século XVIII era muito semelhante à matriz demográfica dos Açores no período. Ao longo do século XIX esta população foi se afastando dessa matriz açoriana e se "abrasileirando", a ponto de chegar ao final do século XIX sem lembrar mais de sua ascendência açoriana. No século XX esta população se proclamará "sem origem". No final do século XX, o movimento de valorização da açorianidade precisou buscar nos documentos esta ascendência que a memória já tinha esquecido. Por outro lado, estes mesmos documentos também revelaram que a presença africana não foi tão insignificante como a historiografia tradicional tem apregoado. Aos descendentes de africanos não se perguntará se têm origem, a cor de sua pele os colocam entre os descendentes de escravos, tenham sido seus antepassados escravos ou não. A origem que se lhes atribui é o cativeiro, não uma origem étnica ou geográfica. No entanto, assim como os descendentes de açorianos, os descendentes de africanos não serão considerados como "de origem", o que os coloca no rol dos "sem origem" ao lado dos descendentes de açorianos.
Palavras-chave: Açorianos. Africanos. História demográfica. Identidade.
|
6146 0 bytes PPGH - UFSC http://ppghistoria.ufsc.br/ |
Categoria: História Teses |
Marxismo e historia da educação: algumas reflexões sobre a historiografia educacional brasileira |
Versão: PDF Atualização: 24/10/2013 |
Descrição:
LOMBARDI, Jose C.
A presente tese em Educação, que leva por título Marxismo e História da Educação: de algumas reflexões sobre a historiografia educacional brasileira recente, tem por objetivo discutir uma temática que, partindo de posicionamentos expressos na historiografia educacional brasileira - quanto à necessidade de busca de "novos problemas" para a pesquisa educacional, "novos objetos" de análise, "novos métodos" de conhecimento e de "novas fontes" para a pesquisa histórica - recoloca na ordem-do-dia o debate teórico-metodológico da Ciência da História e, no interior desse, da atualidade da Concepção Materialista Dialética da História. Para at ingir tal objetivo o autor estruturou o trabalho em cinco capítulos articulados: 1. Historiografia Educacional Brasileira: busca de novas abordagens teórico-metodológicas ou opção pela pós-modernidade?; 2. Historiografia e Contemporainidade: da decretação da pós-modernidade à morte do marxismo; 3.Crise do Marxismo: morte ou renovação / reconstrução; 4. Da Crise do Socialismo a morte do Marxismo: do debate recente às velhas questões; 5. Apontamentos de algumas questões teórico-metodológicas da concepção dialética da História.. Reconhecendo a necessária abertura da pesquisa histórico educacional para novas temáticas e novos problemas, mas contrapondo-se às "novas" abordagens da historiografia educacional brasileira, identificadas com o movimento pós-modernista e seus pressupostos irracionalistas, subjetivistas céticos e antihistoricistas, o autor defende o ponto de vista que o marxismo continua a se constituir numa concepção atual, viva e revolucionária e, por isso mesmo, em alternativa viável para o fazer científico do historiador.
Palavras-chave: Educação. Brasil - História. Historiografia. História- Metodologia. Educação - Historiografia.
|
1273 0 bytes UNICAMP http://libdigi.unicamp.br |
Categoria: História Teses |
Vida e morte Miramar: Memórias urbanas nos espaços soterrados da cidade |
Versão: PDF Atualização: 24/10/2013 |
Descrição:
NONNENMACHER, Marilange
A cidade vive num processo de constante metamorfose, se reconstrói a cada instante, criando e recriando seus nichos. Este trabalho historiográfico propõe um estudo da cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, como texto a ser lido, interpretado e problematizado. Uma cidade antropofágica, que segue inquieta um processo paradoxal de construção/destruição dos suportes materiais de manutenção das suas memórias urbanas,que é a condição do ato criativo, artístico e mnemônico. Um processo que traz em si a condição do novo, do original, do inusitado, do Ursprung benjaminiano. Para isso, o Bar e Trapiche Miramar surge como mediador. Ele aparece travestido em várias metáforas (de atracadouro, de mirante, de bar, de teatro, de estacionamento; de modelo para os artistas; de lugar para os pensadores, de pescadores, de poetas, de cantores, de políticos, de carnavalescos, de crianças brincalhonas; de abrigo para os desavisados das chuvas e vento sul, para os amores ilícitos e furtivos, para os bêbados boêmios) que se revelam nesse trabalho, ou melhor, surge como uma porta de entrada para o estudo das memórias, das artes, dos sentidos, das ressignificações, dos esquecimentos, dos ressentimentos, dos silêncios que se propagam pelo espaço de uma cidade invisível que habita as subjetividades. Dessa maneira, o trabalho foi dividido em três capítulos: Registro de uma morte anunciada – (A Perda), que opera diretamente com a dinâmica da trilogia destruição/preservação/criação. Versa sobre as potencialidades do monumento Memorial ao Miramar, construído em 2001, como “signo” revelador das arritmias urbanas e da tentativa frustrada de monumentalização da memória do Trapiche como obra representativa da antiga maritimidade. No capítulo seguinte, intitulado Teatro Trapiche: arte da resistência (Na iminência da perda), apresento um dos lugares descobertos entre as ruínas da história: o Teatro Trapiche. O Miramar, depois de abrigar os boêmios, poetas, escritores, jornalistas, por décadas - que o tinham, inclusive, como "lugar de criação" -, na iminência de sua demolição, num ato de resistência, acolheu ainda, em 1972, o primeiro Teatro de Arena. Artes e Rascunhos da memória (A do Estado de Santa Catarina. No terceiro capítulo, Produtividade da Perda), o Miramar é ainda lugar e objeto de produção artística. As obras de três artistas plásticos, contemporâneos e freqüentadores do Miramar: Domingos Fossari, Tércio da Gama e José Cipriano, são tomadas como narrativas pictóricas. Por meio deles, de suas técnicas e memórias, surgem “Miramares” matizados e anacrônicos.
Palavras-chave: Trapiche Miramar. Memorial. Cidade. Memória. Arte.
|
4231 0 bytes PPGH - UFSC http://ppghistoria.ufsc.br/ |
Categoria: História Teses |
Manifestações autoritárias: o Integralismo nos Campos Gerais (1932-1955) |
Versão: PDF Atualização: 23/10/2013 |
Descrição:
DITZEL, Carmencita de Holleben M.
Este estudo analisa a trajetória do AIB (Ação Integralista Brasileira) ao PRP (Partido de Representação Popular) nos Campos Gerais, especialmente em Ponta Grossa, cidade-pólo regional. Procura-se compreender a formação sócio-histórica regional em relação com a repercussão do Movimento integralista nos anos 30 e sua rearticulação partidária em 1946. A identificação de particularidades regionais, dos imaginários construídos sobre a cidade e dos projetos que disputaram espaço nesse processo, mostrou-se fundamental para a elucidação dessa trajetória. O jogo rupturas e permanências, a mediação simbólica de atores sociais definidos (imprensa, Igreja, partidos, intelectuais), os textos produzidos nortearam esta reflexão. Ponta Grossa é vista como uma cidade plural na qual conviveram diferentes projetos e imaginários que disputaram permanentemente o poder.
Palavras-chave: Integralismo. Cidade. Imaginário. Projeto. Cultura e poder.
|
4615 0 bytes PPGH - UFSC http://ppghistoria.ufsc.br/ |
|