Categoria: Pedagogia Dissertações |
O que é ser criança e viver a infância na escola: uma análise da transição da educação infantil |
Versão: PDF Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
AMARAL, Arleandra Cristina Talin do
O presente trabalho buscou compreender o que é ser criança e viver a infância na escola. Os sujeitos da pesquisa foram crianças de idade entre cinco e seis anos, que freqüentavam uma turma do primeiro ano do ensino fundamental de nove anos, em uma escola de educação integral no município de Curitiba. O marco referencial está articulado com uma concepção que identifica a criança como um sujeito social, atuante, capaz de posicionar-se frente às experiências vivenciadas em seu cotidiano. Como metodologia, optou-se por desenvolver uma pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, que teve a observação, registrada em "diário de bordo", como principal instrumento de coleta de dados na pesquisa de campo. O texto destaca a ampliação do ensino fundamental, retratando as peculiaridades desse processo no Estado do Paraná, onde o ensino fundamental de nove anos, contrariando a legislação nacional, foi implementado para muitas crianças de cinco anos e a transição da educação infantil para o primeiro ano do ensino fundamental de nove anos aconteceu, de forma atípica, no decorrer do ano letivo de 2007. Assim, o foco principal foi analisar as estratégias que as crianças constroem, entre elas e com os adultos, para apropriação dos processos educativos na transição da educação infantil para o primeiro ano do ensino fundamental de nove anos. Para tanto abordam-se as mudanças ocorridas na organização do trabalho pedagógico no interior da escola, buscando identificar as perspectivas das crianças sobre o que é ser criança e viver a infância na escola. Como resultados da pesquisa destaca-se que os posicionamentos das crianças, quanto à transição da educação infantil para o ensino fundamental, indicaram que o primeiro ano do ensino fundamental de nove anos tem exigências em demasia e que, na educação infantil, o tempo é melhor distribuído. As análises das estratégias utilizadas pelas crianças para apropriarem-se dos processos educativos na transição da educação infantil para o ensino fundamental, possibilitaram perceber que elas criam estratégias individuais e coletivas para, ora atender, ora subverter as regras, utilizando transgressões criativas que lhes possibilitam encontrar brechas para exteriorizar sua ludicidade, criando espaços para brincar dentro e fora de sala de aula. Os diálogos e interações das crianças, com seus pares e com os adultos apontaram que elas possuem um entendimento abrangente do mundo, uma vez que discutem temáticas complexas como gênero, classe, raça-etnia, apresentando um repertório para o debate muito maior do que o explorado pela escola. Como considerações finais, reitera-se o entendimento da criança como um sujeito social e histórico, que produz cultura e é nela produzido, sendo, portanto, um interlocutor legítimo das pesquisas educacionais voltadas à compreensão da infância. Ressalta-se, ainda, a importância do diálogo com as crianças, como uma possibilidade de contribuir para uma mudança de paradigma que culmine na construção de propostas pedagógicas mais coerentes com as especificidades das muitas infâncias e, na questão específica da mudança para o ensino fundamental de nove anos, as crianças consideraram a antecipação que vivenciaram como repleta de impropriedades.
Palavras-chave: Infâncias. Crianças. Culturas Infantis. Ensino Fundamental de nove anos. Educação Infantil.
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1351 2.74 MB Universidade Federal do Paraná - UFPR http://www.ppgeufpr.pr.gov.br |
Categoria: Pedagogia Dissertações |
A relação estado/município na passagem da 4ª para a 5ª série em Curitiba |
Versão: PDF Atualização: 22/8/2013 |
Descrição:
BARBOSA, Aparecida Reis
O presente trabalho tem como objeto de estudo a relação Estado/Município na passagem da 4ª para a 5ª série do ensino fundamental em Curitiba. Compreende-se que o modelo de municipalização das séries iniciais e estadualização das séries finais desenvolvido no Paraná é permeado pela lógica financeiro-administrativa e aprofundado na década de 1990, sob a justificativa da modernização dos processos de gestão, racionalização, eficiência e eficácia, presentes na reforma gerencial do Estado brasileiro e respaldado pelo modelo de federalismo, que se configura com a promulgação da Constituição Federal de 1988 e o regime de colaboração explicitado na Lei n. 9.394/96. No Paraná a particularidade do modelo de municipalização se constitui em uma política de Estado, desde a década de 1970. Destaca-se a participação direta do município de Curitiba na construção desse modelo, com a municipalização de 1ª a 4ª série e estadualização da 5ª a 8ª série, indicando a necessidade da construção de políticas educacionais articuladoras na passagem da 4ª para a 5ª séries. A análise aponta para a contradição existente na política nacional de municipalização do ensino, remetendo para o local a efetivação da única etapa da educação básica que tem caráter universal e obrigatório. Os dados empíricos revelam uma crescente precarização da oferta do ensino fundamental em Curitiba, com déficit de vagas em determinadas regiões da cidade. Indica, ainda, que esse modelo de municipalização cria duas redes distintas, articuladas apenas por critérios técnicos e com medidas de enfrentamento unilaterais, longe de dar ao ensino fundamental uma unidade como sistema. Por isso, as alternativas acabam por expressar um caráter localista, fragmentado e unilateral. O esforço empreendido este estudo foi o de compreender a relação Estado/Município na passagem da 4ª para a 5ª série em Curitiba, para além da aparência, apontando as determinações históricas, sociais e situando algumas contradições do modelo colaborativo, que se materializa no binômio municipalização/estadualização do ensino fundamental. Nessa perspectiva, buscou-se apontar limites, mas também as possibilidades de superação do que está posto como pronto e acabado, no que se refere ao regime colaborativo.
Palavras-chave: Federalismo. Regime de colaboração. Municipalização do ensino.
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1315 3.94 MB Universidade Federal do Paraná - UFPR http://www.ppge.ufpr.br |
Categoria: Pedagogia Dissertações |
Avaliação da Aprendizagem: concepções e práticas de formadores de professores |
Versão: PDF Atualização: 22/8/2013 |
Descrição:
NEVES, Isabel Cristina
Este trabalho de pesquisa tem como tema as concepções e práticas de avaliação de formadores de professores dos cursos de licenciatura. Seus objetivos são: a) identificar, descrever e analisar concepções e práticas avaliativas dos formadores de professores; b) enfocar a avaliação crítico-formativa como possibilidade de aplicação no ensino superior; c) contribuir para as discussões sobre as práticas de avaliação utilizadas nos cursos de licenciatura e suas consequências na formação dos futuros professores. Neste trabalho, resgata-se a história da escola, da avaliação e do trabalho do professor; analisa-se comparativamente a avaliação tradicional e a crítica, sob o contexto capitalista, cujos interesses velados influenciam as ações pedagógicas. Busca-se, também, entender o processo que envolve a formação do professor nos espaços dos cursos de licenciatura. Enfatiza-se a avaliação crítico-formativa por valorizar a reflexão e se aproximar da perspectiva da reconstrução social. Os resultados dessa pesquisa apontam para a necessidade de um trabalho contínuo de formação entre os formadores, que questione suas representações de avaliação e de aprendizagem, visando à tomada de consciência de suas práticas e propondo alternativas de mudanças nas estratégias de avaliação da aprendizagem no ensino superior.
Palavras-chave: Avaliação. Ensino-aprendizagem. Ensino superior. Licenciaturas. Formação de professores.
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1706 1.25 MB Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG http://www.uepg.br |
Categoria: Pedagogia Dissertações |
Inclusão Escolar: um olhar na especificidade da aprendizagem do aluno com deficiência mental incluso |
Versão: PDF Atualização: 23/3/2012 |
Descrição:
GOMES, Walquiria Onete
Este trabalho analisa as condições que caracterizam o processo de inclusão escolar de crianças em situação de deficiência mental em escolas, da rede pública estadual e municipal de ensino do Estado do Paraná. Foram identificadas as contradições entre proclamações discursivas e a realidade escolar, na qual se defrontam professores, alunos e ausência de formação de recursos adequados. Ao longo das interpretações, algumas questões assumiram relevância, destacando-se a implementação do processo inclusivo na contra-mão da legislação vigente. Pode-se antecipar que a criança em situação de deficiência mental está sendo lesada em seus direitos educacionais, no que tange ao apoio especializado, previsto legalmente. O mérito da pesquisa reside na geração de inúmeros outros temas, alavancadores de um processo de inclusão, democratizador da prática pedagógica desenvolvida pelas escolas regulares.
Palavras-chave: Deficiência Mental. Inclusão. Adaptações Curriculares.
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3762 1.54 MB Universidade Federal do Paraná - UFPR http://www.ufpr.br |
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