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25/03/2019

Funcionária desenvolve projeto de xadrez para estimular alunos de escola do campo

Assessoria de Comunicação/Seed

Quem vê, se surpreende: adolescentes jogando xadrez na hora do almoço e nos finais de semana? Mas essa é a programação preferida de um grupo de estudantes do Ensino Fundamental da Escola Estadual do Campo São João, do Ubiratã (no Centro-Oeste do Paraná), um gosto adquirido graças à secretária da escola, Vânia Sattani, que desenvolveu o projeto Xadrez Amigo.

O projeto surgiu em 2011 para proporcionar aos alunos a oportunidade de participar de competições esportivas em equipe, mas o objetivo não é formar enxadristas, longe disso. A ideia principal do trabalho é oferecer uma atividade complementar diferente para estimular os estudantes. De acordo com Vânia, como a escola fica em uma área rural, ela optou por permanecer no colégio no horário do almoço e pensou em apresentar aos alunos uma atividade que ocupasse o tempo ocioso no intervalo das aulas e que fosse diferente.

“Escolhi o xadrez porque é um esporte que pratico há anos e durante muito tempo fui incentivadora e fiz muitos colegas começarem a praticar também, e é esse legado que queria deixar, formar uma rede para que os alunos pudessem repassar esse conhecimento e os benefícios que o esporte traz como o bom relacionamento pessoal, paciência, organização, justiça, seriedade e o espírito voluntário”, explicou.

REDE DE VOLUNTÁRIOS – O projeto é coordenado por Vânia e por uma rede de voluntários formada por ex-alunos, professores, ex-professores e membros da comunidade escolar. “Como o xadrez não é um esporte tão popular no Brasil, se comparado a outros como o futebol, eu gostaria de contribuir para que mais crianças conhecessem e tivessem contato com o jogo”, comentou a ex-aluna Maria Isabel Trivilin, de 20 anos, que participou da primeira equipe de xadrez do colégio e hoje dá aulas voluntárias do esporte na Escola Estadual Ipiranga, em Maringá (no Noroeste), e um clube de xadrez do município.

O também ex-aluno da Escola São João, Gustavo Henrique de Sousa Carreira, de 15 anos, continua no projeto para ajudar outros estudantes a alcançar bons resultados esportivos e crescimento pessoal. “Outros alunos me ajudaram e é mais do que justo eu compartilhar esses conhecimentos porque sei da importância do esporte e da qualidade do ensino ofertado pela escola”, disse Carreira.

A professora de Língua Portuguesa e Inglês, Marly Sommer, já se aposentou, mas continua frequentando a escola e as competições para motivar os estudantes a continuar no projeto. “Eu confesso que não sei jogar xadrez, mas percebi a contribuição que o esporte traz para os alunos nas competições e também na vida deles dentro e fora da escola”, disse. “Trabalhei durante quatro anos na escola e compreendi que o projeto estimulava os alunos a participar das aulas, melhorava a autoestima, raciocínio e o relacionamento com os colegas”, completou.

MELHOR DESEMPENHO – O projeto atende regularmente 12 estudantes, mas em épocas de competição o número dobra. Para atender todos os participantes, a escola dispõe de 30 kits de xadrez e uma rede de voluntários. Nesses oito anos a equipe de xadrez do colégio já participou de todas as modalidades do Jogos Escolares do Paraná (JEPs), além de competições nos municípios da região.

“Eu prefiro o xadrez porque ajudou a melhorar o meu desempenho nos estudos e também o meu comportamento na escola e em casa”, contou o estudante Leonardo Gonçalves Braga, de 11 anos, que está no 6° ano do Ensino Fundamental e participa do projeto há três anos.

“É uma boa maneira de motivar os alunos com uma atividade diferente que me ajudou muito, principalmente a ter mais concentração, antes eu não era muito concentrada”, disse a aluna do 9° ano, Maduly Trivelin Ramos, de 13 anos.
Esta notícia foi publicada no site www.educacao.pr.gov.br em 22/03/2019. Todas as informações nela contidas são de responsabilidade dos autores.
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