Este artigo tece algumas considerações sobre as especificidades que envolvem o bilingüismo na educação de pessoas surdas. Pelo fato de nascerem em famílias ouvintes, a maioria das crianças surdas cresce sem uma língua constituída, uma vez que a língua majoritária na modalidade falada, usada pela família, é inacessível às crianças surdas e a língua de sinais, acessível a elas, é desconhecida ou mesmo rejeitada pela família ouvinte. A proposta de uma educação bilíngüe, que contemple a Língua Brasileira de Sinais, como primeira língua, e a Língua Portuguesa, na modalidade escrita, como segunda língua, é apresentada e discutida neste artigo.
Palavras-chave: bilingüismo e surdez; educação bilíngüe para surdos; educação de surdos.