Descrição:
FERNANDES, S.
Geralmente, ao iniciarmos a leitura de um texto que pretende trazer contribuições às famílias que compartilham da experiência de ter um filho surdo entre seus membros, espera-se que haja uma série de recomendações do que fazer para superar o “choque”, a “angústia” e a “culpa” por não saber como lidar com a situação de um filho que não ouve. É quase certo que, após um diagnóstico clínico de surdez, anunciado pelo médico, um futuro obscuro e incerto é traçado, no qual circulam fantasmas futuros anunciando os problemas da falta de audição, da impossibilidade da fala, dos problemas de comunicação. Nossa intenção, na verdade, não é essa. Pretendemos, ao contrário, demonstrar todos os prazeres e possibilidades que essa experiência trará à família, se ela estiver devidamente informada sobre como seu filho surdo vê o mundo, como ele interage e de que forma se sentirá seguro e acolhido, se as pessoas que o cercam demonstrarem como ele é amado e respeitado, de uma forma que ele compreenda.
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