Estudo realizado por meio de pesquisa de observação participante sobre a recepção da Filosofia e a atitude filosófica dos alunos de Ensino Médio. Os sujeitos da pesquisa são os jovens: alunos do Ensino Médio, parte da hipótese segundo a qual a aprendizagem da Filosofia no Ensino Médio pode ser observada na recepção da Filosofia e desenvolvimento da atitude filosófica. Procura observar, analisar e compreender a atitude filosófica desenvolvida pelos alunos do Ensino Médio decorrente da recepção da Filosofia, que ocorre mediada praxiologicamente pela ação docente, pelas lógicas da experiência social do sujeito e esferas da vida cotidiana, nas quais este sujeito se constitui como ser social. Estuda: as concepções acerca do sujeito da aprendizagem na escola de nível médio no Brasil presente nos documentos curriculares nacionais e nas pesquisas stricto sensu – dissertações e teses – produzidas no Brasil entre 2002 e 2011. Analisa: o cotidiano escolar do ensino de Filosofia de uma escola pública de Ensino Médio; os ritos e as mediações praxiológicas do trabalho docente que organizam o processo de ensino-aprendizagem da Filosofia; os significados e contradições do processo de ensino-aprendizagem nas relações entre escola, cultura; as lógicas de ação da experiência social nas quais atua o sujeito da pesquisa. Recorrendo à Filosofia Radical (HELLER, 1983), analisa a recepção do conteúdo curricular Filosofia Política e a atitude filosófica desenvolvida pelos alunos do Ensino Médio, a fim de produzir evidências que indicaram principalmente que: os jovens como sujeitos da aprendizagem filosófica são histórica e socialmente localizados nas esferas da vida cotidiana e se orientam em meio às lógicas de ação de sua experiência social; o processo de ensino-aprendizagem da Filosofia no Ensino Médio ocorre mediado praxiologicamente pelo professor-filósofo no cotidiano escolar; a recepção da Filosofia no cotidiano escolar constitui o processo de aprendizagem filosófica no Ensino Médio com o desenvolvimento da atitude filosófica.