Descrição:
PAZIO, Elizabete
A utilização das tecnologias na educação básica tem sido um desafio de modo geral e, na geografia escolar, a inserção das geotecnologias no processo de ensino ainda é incipiente. Contudo, a Geografia como componente curricular pode e deve lançar mão desses instrumentos e linguagens, apontados pela literatura como ferramenta potencial para a prática de ensino. Nesta perspectiva, na pesquisa problematiza-se a contribuição das geotecnologias no processo de ensino-aprendizagem da geografia escolar e questiona-se como podem ser incorporadas pelos professores da educação básica em seu fazer pedagógico? Nesse contexto, a pesquisa teve como objetivo geral verificar e compreender se e como o professor de geografia na educação básica tem se apropriado dessas tecnologias, bem como a sua compreensão quanto as potencialidades e os limites das mesmas no processo pedagógico. Para tanto, adotou-se a pesquisa qualitativa, integrando três modalidades, observação participante, entrevista e análise documental. Envolveu-se seis (06) professores da educação básica, 80 estudantes, por meio do desenvolvimento de ações colaborativas de pesquisa e ensino, em 3 escolas no município de Palmital, no Paraná. As ações, objetos de análise da pesquisa, consistiram na aplicação de oficinas com o uso dos programas Google Earth Pro e Google My Maps. Primeiramente com atividades de exploração das ferramentas dos programas, voltados a temas gerais da Geografia e, posteriormente, o desenvolvimento de uma ação direcionada a mobilidade urbana, usando celulares e aplicativos do google. As atividades foram realizadas com professores e, destes, com seus alunos. Por meio delas, os resultados apontaram que: o uso de tecnologias espaciais favorece o aprendizado dos conteúdos geográficos, por meio da visualização e interação, dos aspectos afetivos (motivação, participação, dedicação, interesse, envolvimento, concentração, colaboração), cognitivos (memorização, argumentação, criticidade, observação) habilidades (coleta, organização, sistematização, síntese, apresentação e gestão da informação, autonomia). Entre os limites estão: a carência de formação continuada específica para a apropriação pedagógica das geotecnologias; investimentos para ampliação do acesso e atualização dos equipamentos e softwares nas escolas, bem como da rede de internet. Em síntese, ausência de políticas públicas específicas para a melhoria das condições objetivas de inserção das tecnologias de modo geral e, das geotecnologias, em particular nas escolas da educação básica.
Palavras-chave: Formação de professores. Ensino de Geografia. Ferramentas do Google: Earth e My Maps.
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