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Fazer Download agora!O Viajante Não Está só; A Cultura Científica em Memória sobre o Brasil e as Ligações entre os Natura Popular Versão: PDF
Atualização:  29/1/2019
Descrição:
MOSCATO, Daniela Casoni

Esta tese analisa possíveis ligações entre dois grupos de viajantes naturalistas que estiveram no Brasil nos séculos XVIII e XIX. Escolheu-se para tal objetivo, buscar e investigar, na literatura de viagem oitocentista, impressões e fragmentos de leituras sobre as obras de lusobrasileiros setecentistas. A hipótese é a de que determinadas investigações dos luso-brasileiros foram apropriadas e ressignificadas para a composição de famosos relatos de viagem do século XIX, feitos em sua maioria por naturalistas franceses e alemães. Além disso, identificaram-se outros contatos entre esses grupos. Eles se deram pela participação em uma rede de sociabilidade científica que permitiu o acesso dos autores do século XIX às memórias científicas dos luso-brasileiros e, em determinados momentos, o contato direto com esses sujeitos. Para investigar essa “República das
Ciências”, escolheram-se aspectos próprios da história da leitura, como a circulação e apropriação dos escritos e a formação de uma comunidade de leitores que elegeu autores, construiu práticas do ler e significados singulares. Esses aspectos são abordados através das três etapas das expedições científicas: o preparo, a viagem e a escrita. Na primeira etapa, esclareceu-se o aprendizado e organização das expedições ocorridos em instituições – academias, universidades, gabinetes e jardins. Nesses lugares, além da educação formal de história natural, os sujeitos contactaram seus pares e se iniciaram na sociabilidade científica. Na segunda etapa, compreendeu-se como era a viagem filosófica ou científica nos trópicos brasileiros. Nesse momento, praticava-se o que se havia aprendido nos livros e nas aulas, além de reconhecer e conhecer outros naturalistas, seja através da leitura ou mesmo de encontros em suas residências brasileiras. Por fim, a escrita. O tempo da retomada de anotações e da leitura de muitos outros relatos de viagem. Nessa etapa, se imprimiu no papel as impressões particulares do trânsito, os significados obtidos pelas leituras de outros textos e a representação de encontros com outros sujeitos viajantes materializados no próprio relato.

Palavras-chave: Leitura. Ciência moderna. Viagem. Sociabilidade. Literatura.

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