O presente trabalho consiste no estudo da adaptação de "Dom Quixote das crianças", (1936), de Monteiro Lobato, tendo com base o diálogo intertextual que a referida obra mantém com o "Dom Quixote de la Mancha", de Miguel de Cervantes (1605). Apesar da distância temporal que separa as duas obras, muitos aspectos as unem, em particular a preocupação com a leitura e com o próprio leitor da obra. A partir, portanto, do estudo da leitura e da condição do leitor correspondente a cada um dos períodos históricos, pretende-se desenhar possíveis análises e interpretações da obra de Monteiro Lobato, focalizando, em especial, as eventuais contribuições do escritor brasileiro para a formação de jovens leitores.