Descrição:
RETAMAR, Hugo Jesus Correa
Filho da Andaluzia como o "cante jondo" e seu "duende", Federico García Lorca, um apaixonado por tal arte, foi um dos poetas espanhóis mais representativos do século XX. A relação entre o poeta de Granada e o "cante jondo" é profunda e importantíssima para a valorização da arte andaluza e inclusive para a compreensão da obra de Lorca. O "cante jondo", segundo o poeta, é o canto mais profundo, um canto escuro e misterioso onde a magia do "duende" se manifesta em um momento imóvel e único. Para Lorca, a arte espanhola é movida pelo "duende", espécie de espírito mágico, passional e original. Lorca também é considerado por muitos como um autor passional e muito apegado a sua terra. Poema del cante jondo é então uma viagem pelas entranhas de sua terra e uma busca constante pelo "duende" espanhol. Porém, como será que o duende de Lorca se manifesta em tal obra se é que isso acontece? O duende é amigo da improvisação, mas a constituição de um poema depende também da engenhosidade do poeta. Assim, através da análise dos poemas de Poema del cante jondo e do estudo de conferências do autor, bem como da história da Espanha e do cante jondo, tentaremos diagnosticar a poética de García Lorca para a construção deste seu livro de poemas, ou seja, estudaremos os procedimentos utilizados pelo poeta para que haja na obra o encontro mágico com o duende da arte andaluza. Passaremos da teoria do duende, conceituada por Lorca em uma de suas conferências, à análise da prática do autor para conseguir o efeito "duende" em sua obra.
Palavras-chave: Arte espanhola. Crítica e interpretação. Estudos literários. García Lorca, Federico. 1898-1936. Literatura espanhola. Cante jondo. Duende. España. Flamenco. Poesía.
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