O argumento da presente dissertação é que estamos frente a um momento nevrálgico no desenrolar da fortuna crítica de George Orwell, no qual a leitura alegórica feita até aqui deve ser substituída pela leitura simbólica, para que os textos do autor possam transcender à derrocada do movimento Comunista, sustentando-se na estética de sua literariedade e na atemporalidade de seu apelo ético. Em outras palavras, não é o texto de Orwell que precisa ser mudado, e sim, o ângulo de abordagem daqueles que constroem a fortuna crítica do autor, pois as referências temporais desgastadas diminuem a potencialidade interpretativa das obras.
Palavras-chave: Totalitarismo. A revolução dos bichos. 1984. Alegoria. Símbolo.
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