Esta pesquisa objetiva identificar uma proposta de identidade feminina subjacente ao discurso de auto-ajuda que tematiza o comportamento de gêneros. A partir da análise de quatro obras que propõem distinções comportamentais para homens e mulheres, procuramos mostrar como o discurso de auto-ajuda atualiza, a partir de novas abordagens, paradigmas secularmente consolidados e mantidos pela sociedade ocidental. Para sustentar nossa análise, apoiamo-nos nas teorias sobre a identidade e a subjetividade de pensadores como Stuart Hall, Anthony Giddens e Félix Guattari; nos estudos sobre a cultura da auto-ajuda desenvolvidos por Francisco Rüdiger e Arnaldo Toni de Souza Chagas; e em pesquisas e teorias propostas pelos pensadores da condição feminina, como Judith Butler, Nancy Chodorow, Fraçoise Collin, Maria Fátima da Cunha, Anne Higgonet e Júlian Marías, dentre outros.
Palavras-chaves: Mulher. Auto-ajuda. Identidade feminina. Cultura. Indústria Cultural