A cafeicultura brasileira foi objeto de um conjunto de transformações tecnológicas, institucionais e creditícias, iniciado na década de 60, que possibilitaram a sua adequação ao modelo produtivista da agricultura. Baseando-se em variedades de alto rendimento, na utilização de insumos modernos, e em amplo apoio financeiro sustentado por linhas de crédito especiais, foi implementado um processo de inovação que modificou em muito o perfil da cafeicultura nacional. A produtividade aumentou como reflexo das tecnologias fortemente recomendadas pelos órgãos públicos responsáveis pela consolidação do modelo. Outros aspectos da produção foram menos apreciados, como os relativos à qualidade, resultando em perda de competitividade no mercado internacional, concorrendo negativamente para o sucesso do setor. A cafeicultura, apesar do esforço produtivista, dá sinais de esgotamento do modelo. É este processo e seus impactos que são analisados neste estudo.
Palavras-chave: Cafeicultura. Brasil. Aspectos econômicos. Cafeicultura. Inovações tecnológicas. Cafeicultura. Produtividade.