SHIKIDA, Cláudio Djissey; SHIKIDA, Pery Francisco Assis
Uma afirmação de senso comum – entre economistas e não-economistas é a de que o “futebol é o ópio do povo”. Este artigo representa uma tentativa original de se responder a esta pergunta. Argumenta-se que um aumento do tamanho do poder arrecadatório do governo pode ocorrer sem reação correspondente por parte do brasileiro comum pois o brasileiro substituiria “reação” ao aumento do governo pela “válvula de escape” representada pelo futebol. Assim, evidências preliminares da ação predatória do Estado sobre o número de pagantes em jogos do campeonato “Brasileirão” são captadas pelos “dias de servidão”, controlando-se por inovações institucionais/tecnológicas, o nível geral de preços e variações nas regras do campeonato. Encontra-se que, ceteris paribus, o aumento de 1% nos dias de servidão do brasileiro gera um aumento de 1% no número de pagantes aos jogos, em um ano.
Palavras-chave: Análise econométrica dos esportes. Futebol. Carga tributária.
952 0 bytes ENCONTRO DE ECONOMIA PARANAENSE, 3., 2004, Londrin http://