Algumas vezes, as reações dos atletas profissionais tornam-se momentos particularmente inspiradores na vida de profissionais de Humanidades. Pois apenas os profissionais podem confirmar se nossas tentativas de construções conceituais estão em uma boa direção e, ao mesmo tempo, apenas eles têm a autoridade para justificar o esforço em levar adiante certos pensamentos que começam a emergir em nossas mentes como arrojados e, conseqüentemente, muitas vezes como imprecisos. Um tal momento intelectual decisivo aconteceu quando, durante um colóquio sobre “O Corpo Atlético” organizado pelo Departamento de Atletismo e pelo Departamento de Literatura Comparada na Universidade de Stanford, em 1995, Pablo Morales, três vezes medalhista de ouro olímpico em nado borboleta, explicou, quase en passant, como o viciante desejo de “perder-se na intensidade da concentração” 2 havia lhe trazido de volta às competições esportivas após uma primeira aposentadoria e em uma idade que simplesmente parecia impossibilitar qualquer performance de sucesso em nível mundial em seu esporte.
Esporte e Sociedade ano 4, n.11, Mar.2009/Jul.2009
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