Este ensaio analisa a relação entre os conceitos de inautenticidade presente nas obras de Martin Heidegger e Julio Cortázar. Apontado para o fracasso da crítica cortazariana que reconhece na obra do escritor argentino a presença do conceito heideggeriano de inautenticidade, este ensaio afirma que ambos autores demostran concepções distintas a respeito da questão do comportamento autêntico. No entanto, outros conceitos heideggerianos como a angústia, a solidão e ser-nomundo aparecem com clareza em diversas instâncias da obra narrativa de Cortázar. Desta forma, o ensaio procede a uma leitura de tais instâncias sob a luz de O ser e o tempo, de Heidegger.
846 0 bytes REVISTA LETRAS , CURITIBA, N. 66, P. 111-126, MAIO http://