São diversos os formatos, as narrativas e os suportes midiáticos que constroem a figura do exilado e do processo de exílio, porém o cinema e a novela apresentam formas de figuração específicas nos procedimentos narrativos e no tratamento das coordenadas espaço-temporais. Neste artigo, por meio de uma análise comparativa dos filmes "Sentimientos: Mirta de Liniers a Estambul" (1987), de Jorge Coscia e Guillermo Saura, e "Tangos: el exilio de Gardel" (1985), de Fernando Solanas, e das obras literárias "La casa y el viento" (1984), de Héctor Tizón, e "Composición de lugar" (1984), de Juan Martini, estabelecem-se as marcas das estratégias usadas na construção do exílio argentino.