Depois de mostrar que a interdisciplinaridade é da natureza dos estudos linguísticos, porque a linguagem é multiforme e heterogênea, este trabalho expõe os dois modos básicos de fazer ciência, um regido pelo princípio da exclusão e outro governado pelo princípio da participação, que produzem, respectivamente, a especialização e a sua ultrapassagem. A partir daí, discute as vantagens e os problemas da disciplinaridade, apresenta as razões pelas quais hoje a interdisciplinaridade é um universal positivo do discurso e conceitua, com base na etimologia, os termos interdisciplinaridade, multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade e transdisciplinaridade. Examina os vínculos da linguística com outras ciências, para terminar traçando um histórico das relações entre linguística e literatura no Brasil.