O paradoxo dos gêmeos foi formulado há quase 100 anos atrás, mas ainda hoje é um dos meios mais eficazes para compreendermos a essência da dependência no estado de movimento do observador das noções espaço e de tempo. Nesta releitura abordamos o paradoxo dos gêmeos em sua formulação convencional salientando os seus pontos chaves e uma versão modificada onde consideraremos um universo com dimensões espaciais compactificadas. Neste último caso é possível fazer com que os gêmeos se reencontrem sem que nenhum deles sofra nenhuma aceleração, retirando assim a assimetria que convencionalmente é atribuida à resolução do paradoxo. Em seguida aproveitamos para analisar qual o verdadeiro papel da aceleração e concluímos com uma reflexão sobre a sincronização de relógios e com a relevância dos verdadeiros observáveis em relatividade restrita.