Descrição:
SILVA, Silvio Profirio da; SOUZA, Francisco Ernandes Braga de; CIPRIANO, Luís Carlos; LUCENA, Josete Marinho de.
Este trabalho objetiva verificar quais são as alterações na organização interna dos Livros Didáticos de Língua Portuguesa. Decorrente disso, pretendemos verificar como se dá: (I) a abordagem das atividades de compreensão textual; (II) a abordagem das atividades de produção textual; (III) a abordagem gramatical; (IV) a abordagem do vocabulário. Para tanto, pautamo-nos na revisão de literatura, ancorando-se em Bezerra (2001; 2010), Cardoso (2003), Mendonça (2007), Doretto e Beloti (2011) e Santos et al. (2007). Para isso, efetuamos a análise de dois livros didáticos de Língua Portuguesa: Português Dinâmico (Siqueira e Bertolin, 1978) e Linguagens (Cereja e Cochar, 2012), ambos utilizados em escolas estaduais no Estado de Pernambuco, no 7º ano. Os resultados apontam que o primeiro livro concede proeminência à descrição da morfossintaxe, materializando atividades estruturais calcadas na reprodução de modelos, bem como atividades de compreensão e produção textual calcadas na decodificação e na primazia à norma gramatical, respectivamente. O segundo dá protuberância à reflexão e ao uso, trazendo atividades calcadas na contextualização e na multiplicidade de significações da linguagem. Neste sentido, a organização interna desses manuais está calcada em concepções de língua opostas. O primeiro materializa uma concepção de língua como código e estrutura. O segundo, uma concepção de língua como interação social, o que demonstra o respaldo em abordagens teóricas distintas (Linguística Estrutural e Linguística da Enunciação).
Palavras-chave: Pedagogia da língua. Livros didáticos. Organização interna. Modificações.
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