Enquanto escrevia sua última obra, a Ontologia do ser social, Lukács anunciou que gostaria de retomar o projeto de Marx e escrever O capital dos nossos dias. Este projeto significaria investigar o mundo contemporâneo, a lógica que o preside, os elementos novos de sua processualidade, objetivando com isso fazer, no último quartel do século XX, uma atualização dos nexos categoriais presentes em O capital. Lukács chegou a indicar seus lineamentos gerais, mas nunca pôde iniciar essa empreitada. Foi outro filósofo marxista, o húngaro István Mészáros, grande colaborador de Lukács, que se se lançou a esse desafio monumental e certamente coletivo.