O texto discute aspectos da realidade social de Brasília a partir de dados fornecidos pela CODEPLAN(GDF) para 1997. Constata através destas informações a lógica de ocupação do espaço físico no Distrito Federal ressaltando o seu caráter de alta segregação, a partir de uma dinâmica que lhe é específica, determinada pelas funções de cidade capital. Neste contexto a realidade social, econômica e política da cidade incorpora de forma hegemônica valores de uma burocracia de classe média que terminam por caracterizar o espaço cultural da cidade, ainda em fase de construção de uma identidade que venha lhe garantir o lugar simbólico de capital da nação. Com estes elementos procura levantar pistas para o estudo de práticas de classes neste espaço, caracterizado pela supremacia do terciário especialmente o setor público.