Esta comunicação pretende articular uma reflexão sobre o processo de apropriação e representação da atual produção artístico-musical de tradição oral no Brasil. Processo este que emerge como mecanismo que supre a demanda de inclusão social, políticas públicas, políticas da comunicação de massa e a indústria cultural. Neste sentido, esta comunicação vem reforçar a importância de se discutir a necessidade de estudos relacionados à imagem simbólica, à identidade imaginada, à cultura popular, à mídia regional e global, e ao impacto da globalização no espaço urbano e cotidiano dos artistas populares. Com esse objetivo apresenta-se aqui o caso da apropriação do Coco de Roda como uma proposta de cultura local e sua passagem do âmbito regional para o nacional e o internacional. Especificamente, o propósito é introduzir análise de como e em que dimensão uma cultura popular até então excluída da grande mídia e sistemas de valores sociais se desenvolve para conquistar espaços de relações identitárias e econômicas com a globalização e a mundialização da cultura, e o impacto deste processo sobre a tradição popular. O trabalho discute, através das perspectivas do coquista “Pombo Roxo” - Severino José da Silva –, o consumo e Desenvolvimento da mercantilização do “Coco de Roda na região metropolitana do Recife” como produto cultural regional atualmente inserido na teia global de perspectivas, e o desafio dos atores sociais envolvidos neste processo, na manutenção e interação dessa expressão de tradição popular que oportuniza ações e interesses correlacionados às atividades culturais, profissionais e ascensão social.
Palavras-chave: Política Cultural. Globalização. Coco de Roda.