O problema do islamismo radical apresenta aspectos históricos multicausais e pouco se discute sobre suas características na mídia brasileira. Desde o fim do Império Otomano, oficialmente extinto em 1924, o mundo árabe fragmentou-se em movimentos nacionais que lutavam contra o controle imperialista franco-britânico na região. A partir do final da década de 20, o sionismo foi considerado um movimento intruso em meio às aspirações nacionalistas árabes. Na medida em que o nazifascismo tornava-se uma poderosa força política na Europa, grande parte das lideranças nacionalistas árabes dos recém criados Síria, Transjordânia, Líbano, Iraque e Arábia Saudita, assim como as lideranças palestinas, viam nos nazistas e fascistas potenciais aliados contra o imperialismo anglo-francês, que controlava a região até o início da II Guerra Mundial.