CAPERA, Aline Luci Inacio

A participação no projeto Práticas Sociais, Processos de Significação e Educação Prospectiva, junto ao Grupo de Pesquisa Pensamento e Linguagem (GPPL), da FE UNICAMP, possibilitou a escuta algumas vozes no ambiente escolar: ex-alunos, funcionárias, coordenação pedagógica, direção de uma escola pública no Estado de São Paulo. Nesta escuta o que se configurou como um problema de pesquisa, para mim, foi à temática da violência na escola. Com isso, propus um projeto que buscava analisar o que têm a dizer sobre a violência na escola sujeitos em três campos distintos e interconectados da atividade: profissionais na academia; repórteres em textos e revistas de divulgação na área de Educação; e alunos de 4ª série. Considerando que esses sujeitos ocupam distintos lugares e posições sociais, que marcam e diferenciam os modos de ver, conceber, experienciar e falar sobre a violência na escola. A pesquisa contou com três momentos distintos, a saber: Pesquisa bibliográfica, com textos dos acadêmicos, em vários meios (revistas universitárias da área de Educação, sites); levantamento e análise das reportagens, que constituíram matéria de capa sobre a temática da violência na escola, publicadas na Revista Nova Escola; e uma pesquisa empírica, com 110 alunos da 4ª série do ensino fundamental, que envolveu a participação e a intervenção dos pesquisadores. Em nossas análises, pudemos perceber que os acadêmicos buscam compreender e explicar as possíveis origens do fenômeno e apontam algumas possíveis soluções; já as reportagens divulgam experiências e projetos desenvolvidos, indicando processos e alternativas já realizados em algumas escolas no enfrentamento do problema. Os alunos, por sua vez, escrevem, falam das suas condições concretas de vida, da realidade vivida no cotidiano, de seus modos de conviver numa sociedade marcada pela violência.

Palavras-chave: Violência na escola. Sujeitos e posições sociais.