Categoria: Educação Especial Surdez |
A Cultura da Escola Inclusiva na Perspectiva dos Alunos Surdos |
Versão: PDF Atualização: 10/1/2019 |
Descrição:
MORÁS, Nadjanara Ana Basso
A educação inclusiva tem sido tema de discussão mundial desde a década de 1990, provocando o início de perspectivas e enfrentamentos de obstáculos no seu processo de concretização. O objetivo geral deste estudo foi investigar a cultura da escola inclusiva na perspectiva de alunos surdos que estudam no âmbito do ensino regular. Além das fontes bibliográficas recopiladas e lidas, revestidas de importância por serem capazes de fornecer informações atuais e relevantes, também foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com referencial teórico em Pierre Bourdieu (2013). As entrevistas aconteceram em uma das salas de aula da escola de educação bilíngue para surdos. As perguntas foram efetuadas em Língua Brasileira de Sinais (Libras) pela pesquisadora – que tem formação em licenciatura em Matemática assim como de Tradutora e Intérprete de Libras/ Português. As entrevistas foram empreendidas no final do mês de Junho, durante o mês de Julho e início do mês de Agosto de 2016. Salienta-se, ainda, que no momento da entrevista só permaneceram na sala a pesquisadora e a pessoa entrevistada, a modo de preservar o anonimato. Os participantes desta pesquisa foram alunos surdos que estudaram desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental I em uma escola de educação bilíngue para surdos e que atualmente frequentam uma escola inclusiva. Os resultados obtidos no decorrer do estudo apresentaram dificuldade no desenvolvimento da inclusão dos envolvidos com base no respeito à sua diferença cultural e linguística, na escola inclusiva uma vez que a escola ainda não conseguiu superar a tendência de uma cultura de homogeneização presente na “cultura escolar”. Dessa forma, para que a inclusão dos alunos surdos aconteça no ambiente escolar, é fundamental adequar este ambiente para que os indivíduos em questão se sintam parte de um todo. Faz-se necessário elaborar a inclusão como um processo amplo, com dimensões ideológicas, sociais, culturais, políticas e econômicas, envolvendo toda relação interpessoal existente na escola e fora dela. Considera-se necessário ter cautela para que a inclusão escolar não esteja presa nas armadilhas da normatização, ou melhor, na inclusão de alunos surdos no ensino regular, sendo a língua de sinais vista como um conjunto de códigos facilitares da comunicação e instrumento de ensino, desconsiderando a natureza cultural presente na Libras.
Palavras-chave: Cultura escolar. Escola inclusiva. Educação bilíngue. Surdos. Violência simbólica.
|
11004 0 bytes Unioeste http:// |
Categoria: Educação Especial Surdez |
Bilinguismo e Educação de Surdos |
Versão: Atualização: 15/7/2012 |
Descrição:
PEREIRA, M. C. da C.; VIEIRA, M. I. da S.
Este artigo tece algumas considerações sobre as especificidades que envolvem o bilingüismo na educação de pessoas surdas. Pelo fato de nascerem em famílias ouvintes, a maioria das crianças surdas cresce sem uma língua constituída, uma vez que a língua majoritária na modalidade falada, usada pela família, é inacessível às crianças surdas e a língua de sinais, acessível a elas, é desconhecida ou mesmo rejeitada pela família ouvinte. A proposta de uma educação bilíngüe, que contemple a Língua Brasileira de Sinais, como primeira língua, e a Língua Portuguesa, na modalidade escrita, como segunda língua, é apresentada e discutida neste artigo.
Palavras-chave: bilingüismo e surdez; educação bilíngüe para surdos; educação de surdos.
|
3246 0 bytes http:// |
Categoria: Educação Especial Surdez |
A construção da educação dos surdos na perspectiva do letramento |
Versão: Atualização: 15/7/2012 |
Descrição:
ROCHA, F. G. da
Inicialmente, confrontam-se as concepções entre o letramento e a alfabetização tradicional. O letramento como relação semiótica do uso das linguagens e contínua interpretação dos discursos pluraliza sua prática em múltiplos letramentos. As vozes de Costa, Cavalcante Junior, Soares são imprescindíveis para compreendê-lo. Seu esboço histórico na sociedade contemporânea transforma-se em um divisor de águas, embora sejam recentes suas discussões. Mais adiante, sua fundamentação abarca a necessidade do discente surdo, porque vai explorar a competência lingüística dele – a LIBRAS, e preocupa-se com práticas psicossociais em comunidades ágrafas para discutir a interlocução da língua de sinais e língua portuguesa na escrita do surdo. O letramento na educação de surdos faz uma leitura dos entornos dessa sociedade e seus aspectos cultural-lingüísticos, com o apóio da Sociologia e da Lingüística. Lakato, Quadros, Fernandes são importantíssimos para dimensionar a visão sobre esse complexo grupo social. Para melhor compreensão são apresentados alguns modelos frasais da língua de sinais e ensaios interpretativos de enunciados justapostos dela com a língua portuguesa. O debate da revisão e releitura da escrita do surdo para o aprimoramento da segunda língua, considerando a primeira vale-se para construir sua educação na perspectiva do letramento.
Palavras-chave: letramento, surdez e educação
|
10224 0 bytes http:// |
Categoria: Educação Especial Surdez |
Estudo jurídico sobre a inclusão escolar da criança com deficiência auditiva no ensino regular |
Versão: Atualização: 15/7/2012 |
Descrição:
ALMEIDA, I.M. dos S.
O presente trabalho versa sobre a inclusão escolar da criança com deficiência, com enfoque especial a deficiência auditiva, tendo como pressuposto a dignidade humana, eleita como um dos fundamentos do Estado democrático de Direito. O objetivo principal do estudo é discutir a urgente necessidade de inclusão da criança com deficiência no sistema educacional regular, no sentido de ser este um dos caminhos principais, se não, o único para alcançar uma sociedade mais justa e igual para todos em direitos e oportunidades, e como conseqüência, efetivar os princípios constitucionais da igualdade, da dignidade e da não-discriminação. Para conduzir a argumentação, examinam-se os direitos constitucionais, a legislação pertinente e o processo de inclusão escolar, com ênfase na necessidade de romper barreiras que impossibilitam a inserção da criança com deficiência no ensino regular, com base em posturas e comportamentos esterotipados e preconceituosos, que, há muito tempo, vem legitimando toda forma de exclusão. Propõem-se mudanças atitudinais urgentes por meio de propostas de ações afirmativas, como forma de efetivar a inclusão escolar, em cumprimento ao ideário da Declaração Universal dos Direitos Humanos: uma sociedade mais igualitária, mais justa e solidária para todos.
Palavras-chave: Crianças com fundamentais- igualdade – dignidade.
|
5004 0 bytes http:// |
Categoria: Educação Especial Surdez |
Letramento para Alunos Surdos através de textos sociais |
Versão: Atualização: 15/7/2012 |
Descrição:
BALDO, C. F.; IACONO, J. P.
Vive-se um momento de transição na educação de surdos. Após muitos anos de tentativas para oralizar estes estudantes - sem grandes resultados – constatou-se que existe outra possibilidade, já utilizada por alguns educadores há séculos atrás: os sinais. Sendo a oralidade, para o surdo, mais complexa, deve-se, então, tornar a comunicação mais natural e tirar proveito dos recursos visuais através da língua de sinais - no Brasil, Libras - já reconhecida como Língua oficial da comunidade surda. Somente após o domínio do aluno em Libras, parte-se para o ensino de uma segunda língua: a língua portuguesa. Porém, para que tal prática se concretize, faz-se necessário, que o professor aprofunde os conhecimentos sobre a educação de surdos e compreenda como pode ser efetivado o processo de Letramento através de práticas sociais de leitura e escrita. Objetivando tornar o Letramento mais próximo do professor e do aluno, propõem-se um processo ou encaminhamento metodológico utilizando textos do cotidiano dos alunos, os chamados textos sociais. Tal processo revelou-se eficaz e possível de ser utilizado na prática escolar, pois é um estudo seguido da elaboração de material didático para ser aplicado aos alunos surdos. As atividades contribuem para conduzi-los à apropriação da Língua Portuguesa escrita, como sua segunda língua.
Palaras-chave: Educação. Alunos surdos. Letramento. Textos de circulação social.
|
1182 0 bytes http:// |
Categoria: Educação Especial Surdez |
Surdez e linguagem escrita: um estudo de caso |
Versão: Atualização: 15/7/2012 |
Descrição:
GUARINELLO, A.C.; MASSI, G.; BERBERIAN, A.P.
Partindo do pressuposto de que ao considerar a língua de sinais como a primeira língua do surdo é possível perceber sua inserção no mundo letrado, esse trabalho objetiva analisar produções escritas de um sujeito surdo em momento inicial de apropriação da escrita. Para tanto, concebendo a linguagem como atividade dialógica, como trabalho social e histórico, constitutivo dos sujeitos e da língua, foram analisados cinco textos produzidos, entre os anos de 1998 e 2002, por um sujeito surdo, reconhecido pela inicial R, em conjunto com a sua fonoaudióloga. Cabe esclarecer que tal profissional, proficiente em língua de sinais, atuou como interlocutora e intérprete, priorizando a natureza interativa da linguagem e interferindo nas produções escritas quando solicitada. Durante os anos trabalhados com R, observou-se que ele passou a refletir sobre seus textos e mudou sua postura perante a escrita. O fato de R e a fonoaudióloga compartilharem a língua de sinais permitiu que ele dividisse suas histórias e experiências, levando-os a registrá-las a partir da língua escrita. Deste modo, R passou a fazer uso da escrita com alternâncias e justaposições entre as duas línguas envolvidas: a língua portuguesa e a língua de sinais. A escrita tornou-se, assim, uma possibilidade a mais de manifestação dasingularidade de R, que passou a reconstruir a história de sua relação com a linguagem.
Palavras-chave: surdez; linguagem escrita; língua brasileira de sinais; educação especial.
|
621 0 bytes http:// |
Categoria: Educação Especial Surdez |
Surdez, Bilingüismo e Inclusão: entre o dito, o pretendido e o feito |
Versão: Atualização: 12/7/2012 |
Descrição:
LIMA, M. do S. C.
O eixo central da discussão surgiu da necessidade de dirigir o olhar ao cenário que compõe o contexto escolar para analisar a chamada prática de bilingüismo do surdo que tem sido implantada, em escolas da rede pública, que trabalham com a proposta de inclusão. O presente estudo, de natureza etnográfica, foi conduzido em duas escolas com dezenove alunos surdos profundos, dentre os quais oito (8) estavam matriculados na primeira escola e onze (11) na segunda. Todos os alunos eram pertencentes à classe sócio-econômica baixa. Para a configuração desta pesquisa, optei, como referencial teórico, pela vertente sócio- histórica, na qual procuro elementos norteadores para circunscrever a temática deste estudo. Os dados apresentados, nesta pesquisa, foram coletados em dois momentos distintos: na primeira escola, a coleta foi iniciada no segundo semestre de 2000, durante o período de 18/08/00 à 30/11/00. Já na segunda escola, teve início em junho e se estendeu até dezembro de 2001. Foram utilizados como recursos metodológicos os seguintes: observações em salas de aula (regular e de apoio); registro através de vídeo-tape de algumas atividades desenvolvidas pelos alunos surdos com as professoras ouvintes, os colegas (ouvintes e/ou surdos) e o instrutor surdo; questionário aberto aplicado às professoras e ao instrutor surdo, com o intuito de coletar informações sobre suas visões de i clusão, educação bilíngüe e de aluno surdo; algumas atividades escolares, realizadas pelos alunos surdos; Investigação de dados em prontuários da escola; diário de notas de campo; entrevista semi-estruturada com a pedagoga responsável pela orientação prestada aos professores envolvidos com o trabalho pedagógico na escola; entrevista semi-estruturada com uma professora do ensino regular.
|
3710 0 bytes http:// |
Categoria: Educação Especial Surdez |
O que os surdos adultos têm a dizer aos pais de crianças surdas? |
Versão: Atualização: 12/7/2012 |
Descrição:
FERNANDES, S.
Geralmente, ao iniciarmos a leitura de um texto que pretende trazer contribuições às famílias que compartilham da experiência de ter um filho surdo entre seus membros, espera-se que haja uma série de recomendações do que fazer para superar o “choque”, a “angústia” e a “culpa” por não saber como lidar com a situação de um filho que não ouve. É quase certo que, após um diagnóstico clínico de surdez, anunciado pelo médico, um futuro obscuro e incerto é traçado, no qual circulam fantasmas futuros anunciando os problemas da falta de audição, da impossibilidade da fala, dos problemas de comunicação. Nossa intenção, na verdade, não é essa. Pretendemos, ao contrário, demonstrar todos os prazeres e possibilidades que essa experiência trará à família, se ela estiver devidamente informada sobre como seu filho surdo vê o mundo, como ele interage e de que forma se sentirá seguro e acolhido, se as pessoas que o cercam demonstrarem como ele é amado e respeitado, de uma forma que ele compreenda.
|
2809 0 bytes http:// |
Categoria: Educação Especial Surdez |
O surdo e o trabalho: realidade e desafios na busca e garantia do trabalho |
Versão: Atualização: 12/7/2012 |
Descrição:
PEREIRA, K.A.A.
O presente trabalho monográfico pretende refletir sobre questões que envolvem a surdez, o trabalho e a legislação que regulamenta o trabalho da pessoa surda. Para alcançar os objetivos propostos, foi necessário obedecer alguns critérios metodológicos, como: levantamento bibliográfico de obras que envolvem a temática e análise dos dados coletados nos questionários da Pesquisa – Figurações Culturais. Surdos na Contemporaneidade (2009). Desse modo o trabalho foi dividido em três capítulos: 1o surdo: inclusão x exclusão; 2o trabalho e legislação; 3o trabalho e a pessoa surda. Tendo como foco principal, o desenvolvimento de uma visão crítica diante dos problemas reais e o enfrentamento não ingênuo a uma sociedade ilusória (inclusiva x exclusiva). Com isto, se resgatou alguns autores/obra/instrumentos para fundamentar e confrontar algumas medidas inclusivas, como: a Legislação Brasileira, reafirmada em obras escritas, por alguns autores, defendida pela ordem médica e aceita pela sociedade, que tomam como verdade a inverdade da deficiência e incapacidade humana. Incapacidades estas que são asseguradas pela legislação e afirmadas perante laudos médicos. Documentos legais definem o que é normal dentro de um padrão considerado normal para ser um ser humano. Concluímos que, considerar um indivíduo como deficiente é o mesmo que, definir o sujeito como um humano incompleto ou um não humano. E esta cultura do normal x anormal, dificulta a emancipação e a busca pelo trabalho, pois, logicamente os empresários não desenvolvem o interesse na contratação de uma mão de obra defeituosa - anormal – deficiente e não humana. Por esta razão se justifica a não contratação como, por exemplo: falta de qualificação profissional do candidato; despreparo da empresa e dos funcionários para o convívio, dentre outras razões. Contudo, acreditamos que existem outras razões que envolvem a pessoa surda e o trabalho, mas, que não foram aprofundadas neste momento, por ser um trabalho preliminar.
Palavras chave: Trabalho. Surdez. Discriminação.
|
893 0 bytes http:// |
|