Categoria: Educação Especial Surdez |
Educação de surdos e preconceito - bilinguismo na vitrine e bimodalismo precário no estoque |
Versão: Atualização: 12/7/2012 |
Descrição:
WITKOSKI , S.A.
Realiza estudo etnográfico, com base teórica sócio antropológica sobre a surdez, que a perspectiva como uma diferença, contrapondo-se aos discursos clínico terapêuticos. A pesquisa de campo desenvolveu-se em uma escola para surdos de uma capital brasileira, que oficialmente se autodenomina como bilíngue, durante todo o ano de 2010. A observação efetivou-se no espaço da sala de aula, de uma turma de alunos surdos, da sétima série, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Língua Brasileira de Sinais. A realidade observada demonstra que, na contramão da proposta bilíngue prevista para a educação dos surdos, a escola observada, que representa o universo de outras escolas para surdos, caracteriza-se pela absoluta ausência de um ensino qualificado e diferenciado para os surdos, com o predomínio de práticas oralistas. Confirma que a escola continua produzindo e reproduzindo práticas que induzem a condição de iletrados-funcionais, que a maioria dos surdos brasileiros alcança mesmo depois de permanecerem anos nos bancos escolares. Entre os fatores que conduzem a este resultado, a análise dos dados empíricos aponta para: (a) o preconceito contra os alunos surdos que os estigmatiza a como deficientes e sem condições efetivas de desenvolvimento semelhante aos ouvintes, (b) a não formação ou formação deficitária dos professores, (c) as tentativas de normalização do surdo à cultura hegemônica, que repercutem negativamente na sua formação identitária e no seu sentimento de pertença.
Palavras-chave: preconceito, educação, surdos, Libras.
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Categoria: Educação Especial Surdez |
Surdez e linguagem escrita: um estudo de caso |
Versão: Atualização: 15/7/2012 |
Descrição:
GUARINELLO, A.C.; MASSI, G.; BERBERIAN, A.P.
Partindo do pressuposto de que ao considerar a língua de sinais como a primeira língua do surdo é possível perceber sua inserção no mundo letrado, esse trabalho objetiva analisar produções escritas de um sujeito surdo em momento inicial de apropriação da escrita. Para tanto, concebendo a linguagem como atividade dialógica, como trabalho social e histórico, constitutivo dos sujeitos e da língua, foram analisados cinco textos produzidos, entre os anos de 1998 e 2002, por um sujeito surdo, reconhecido pela inicial R, em conjunto com a sua fonoaudióloga. Cabe esclarecer que tal profissional, proficiente em língua de sinais, atuou como interlocutora e intérprete, priorizando a natureza interativa da linguagem e interferindo nas produções escritas quando solicitada. Durante os anos trabalhados com R, observou-se que ele passou a refletir sobre seus textos e mudou sua postura perante a escrita. O fato de R e a fonoaudióloga compartilharem a língua de sinais permitiu que ele dividisse suas histórias e experiências, levando-os a registrá-las a partir da língua escrita. Deste modo, R passou a fazer uso da escrita com alternâncias e justaposições entre as duas línguas envolvidas: a língua portuguesa e a língua de sinais. A escrita tornou-se, assim, uma possibilidade a mais de manifestação dasingularidade de R, que passou a reconstruir a história de sua relação com a linguagem.
Palavras-chave: surdez; linguagem escrita; língua brasileira de sinais; educação especial.
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Categoria: Educação Especial Surdez |
O papel da interação no processo de ensino-aprendizagem de português para alunos surdos em uma escol |
Versão: Atualização: 12/7/2012 |
Descrição:
FÉLIX, A.
Neste artigo, discute-se o papel da interação no processo de ensino-aprendizagem de alunos surdos em uma escola inclusiva. No contexto pesquisado, a professora-sujeito, que é ouvinte e não- usuária da língua de sinais, tem em sua sala, além dos alunos ouvintes, quatro alunos surdos, e três deles comunicam-se somente em Libras — Língua Brasileira de Sinais. Como a comunicação entre a professora ouvinte e os alunos surdos ocorre em códigos distintos — português e língua de sinais — e tendo-se por base uma visão sociointeracional da linguagem (MOITA LOPES, 1986; FREIRE, 1999), observou-se se a interação entre os diversos participantes pode levar esses alunos surdos a aprenderem e a compreenderem o que estava sendo ensinado. Como resultado, ficou evidente que o fato de haver quatro alunos surdos usuários de Libras estudando em uma mesma sala permitiu a eles trabalharem de maneira cooperativa, o que fez com que não ficassem isolados. Além disso, a língua de sinais tornou-se visível nessa instituição. Entretanto, a interação entre professora ouvinte e seus alunos surdos mostrou- se pouco significativa para a aprendizagem desse grupo.
Palavras-chave: interação; língua de sinais, segunda língua.
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Categoria: Educação Especial Surdez |
Concepções sobre surdez e linguagem e a aprendizagem de leitura |
Versão: Atualização: 12/7/2012 |
Descrição:
ALPENDRE, E. V.
Este artigo destaca concepções sobre surdez e linguagem, assinalando as implicações nas abordagens educacionais, particularmente em relação à prática de leitura. A educação dos surdos tem sido marcada pelas representações dos ouvintes acerca do significado de “ser surdo”, focalizando por muito tempo a aquisição da oralidade como seu maior objetivo. Apesar de as diferentes abordagens educacionais implementadas ao longo da história terem como foco o domínio da língua (aqui a portuguesa), as estratégias metodológicas utilizadas no processo de letramento para alunos surdos não consideram as especificidades de sua diferença, pressupondo a oralidade e a audição como requisitos fundamentais neste processo. Além disso, a educação de surdos também tem compartilhado da mesma concepção de língua e linguagem adotada na educação comum, ancorando-se na concepção de código, sem considerar a linguagem como atividade discursiva, afastando os interlocutores do processo de produção e desvinculando-os das condições de interação social. Tais fatores parecem contribuir para o fracasso de propostas educacionais para o surdo, particularmente aquelas direcionadas à apropriação da língua portuguesa.
Palavras-chave: Concepções sobre Surdez e Linguagem; Letramento de Surdos; Estratégias de Leitura.
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Categoria: Educação Especial Surdez |
O Aluno Surdo na Escola Regular: Imagem e Ação do Professor |
Versão: Atualização: 12/7/2012 |
Descrição:
PAIVA e SILVA, A. B.; PEREIRA, M. C. da C.
Com o objetivo de conhecer a imagem que professores de escola regular têm da surdez e do aluno surdo, bem como a influência desta imagem na sua prática pedagógica, procedeu-se à análise de entrevistas e observações em sala de aula de sete professoras do Ensino Fundamental regular, que têm aluno surdo na classe. A interpretação dos dados fundamentou-se na Análise de Conteúdo, proposta por Bardin (1977), tendo sido estabelecidas as seguintes categorias temáticas: intelectual, comportamental, aprendizagem e linguagem. A análise dos dados evidenciou que a dificuldade de linguagem da criança surda leva, muitas vezes, o professor a construir uma imagem equivocada do aluno surdo a qual se reflete nas suas ações em relação às crianças. Assim, embora considerem os alunos inteligentes, bem comportados e com potencial para aprendizagem, todas as professoras pareciam tratar os alunos como tendo muita dificuldade para acompanhar o processo escolar.
Palavras-chave: surdez; imagem (Psicologia); surdos-educação.
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Categoria: Educação Especial Surdez |
Libras: A Língua de Sinais dos Surdos Brasileiros |
Versão: Atualização: 12/7/2012 |
Descrição:
RAMOS, C. R.
Mesmo quando estiveram banidas da educação dos surdos, as Línguas de Sinais (ou mímica, com se dizia) despertavam o interesse dos educadores. Como surgiram? Quando? Por que não existe uma Língua de Sinais única para que os surdos de todo o mundo possam se comunicar entre si? Essas perguntas, porém, são as mesmas que se fazem com relação à própria existência da linguagem humana. Desde que o homem passa a refletir sobre sua existência enquanto homem, ele reflete sobre essa questão. O mito ocidental da Torre de Babel pode servir como símbolo dessa busca de respostas. São incontáveis os estudos lingüísticos, históricos, sociológicos sobre o surgimento da língua falada pela humanidade. Houve um desenvolvimento gradual, progressivo da linguagem, no qual ela se tornou o sistema complexo de significação e comunicação que é hoje, ou, como consideram outros pesquisadores, desde que existe é a linguagem formalmente completa, idêntica ao que conhecemos hoje em dia?
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Categoria: Educação Especial Surdez |
Libras como possibilidade e alternativa para o ensino da língua portuguesa para o aluno surdo |
Versão: Atualização: 12/7/2012 |
Descrição:
BORTOLOTI, R. T.
O presente artigo tem como tema a importância da Língua de Sinais na aprendizagem da Língua Portuguesa pelos alunos surdos. Considerando que a Língua de Sinais, língua natural dos surdos é a primeira língua utilizada por eles no contexto da comunicação, no convívio escolar e social com pessoas ouvintes, entende-se que a Língua Portuguesa, na modalidade leitura e escrita deve ser a segunda língua a ser apropriada pelas pessoas surdas no currículo escolar. É importante que o professor em sala de aula tenha a apropriação do conhecimento da LIBRAS, somando-se assim na Proposta Bilíngüe de acordo com as Políticas Públicas do Estado do Paraná. Autores como Fernandes (1998,1999,2003,2004,2006,2007), Bueno (1993) e Salles (2007), permitem uma reflexão sobre as dificuldades encontradas na aprendizagem da Língua Portuguesa pelos alunos surdos, fator relevante no processo ensino aprendizagem. Metodologias diversificadas e adequadas para o apoio na leitura e escrita da Língua Portuguesa, a qualidade do ensino, a comunicação entre surdos e ouvintes e o aprendizado acadêmico, possibilita o crescimento pessoal e pedagógico dos surdos no compromisso de Inclusão. Através da difusão da LIBRAS aos familiares, comunidades escolares e sociedade, os surdos poderão transformar em realidade a luta por seus direitos lingüísticos e de cidadania, participando ativamente no contexto social em que vivem.
Palavras-chave: Aluno surdo; Língua Brasileira de Sinais; Língua Portuguesa; Ensino-aprendizagem.
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Categoria: Educação Especial Surdez |
O surdo e o trabalho: realidade e desafios na busca e garantia do trabalho |
Versão: Atualização: 12/7/2012 |
Descrição:
PEREIRA, K.A.A.
O presente trabalho monográfico pretende refletir sobre questões que envolvem a surdez, o trabalho e a legislação que regulamenta o trabalho da pessoa surda. Para alcançar os objetivos propostos, foi necessário obedecer alguns critérios metodológicos, como: levantamento bibliográfico de obras que envolvem a temática e análise dos dados coletados nos questionários da Pesquisa – Figurações Culturais. Surdos na Contemporaneidade (2009). Desse modo o trabalho foi dividido em três capítulos: 1o surdo: inclusão x exclusão; 2o trabalho e legislação; 3o trabalho e a pessoa surda. Tendo como foco principal, o desenvolvimento de uma visão crítica diante dos problemas reais e o enfrentamento não ingênuo a uma sociedade ilusória (inclusiva x exclusiva). Com isto, se resgatou alguns autores/obra/instrumentos para fundamentar e confrontar algumas medidas inclusivas, como: a Legislação Brasileira, reafirmada em obras escritas, por alguns autores, defendida pela ordem médica e aceita pela sociedade, que tomam como verdade a inverdade da deficiência e incapacidade humana. Incapacidades estas que são asseguradas pela legislação e afirmadas perante laudos médicos. Documentos legais definem o que é normal dentro de um padrão considerado normal para ser um ser humano. Concluímos que, considerar um indivíduo como deficiente é o mesmo que, definir o sujeito como um humano incompleto ou um não humano. E esta cultura do normal x anormal, dificulta a emancipação e a busca pelo trabalho, pois, logicamente os empresários não desenvolvem o interesse na contratação de uma mão de obra defeituosa - anormal – deficiente e não humana. Por esta razão se justifica a não contratação como, por exemplo: falta de qualificação profissional do candidato; despreparo da empresa e dos funcionários para o convívio, dentre outras razões. Contudo, acreditamos que existem outras razões que envolvem a pessoa surda e o trabalho, mas, que não foram aprofundadas neste momento, por ser um trabalho preliminar.
Palavras chave: Trabalho. Surdez. Discriminação.
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